domingo, 25 de septiembre de 2016

"Crianças do mundo, venho até vós para avisar-vos" - Mensagem de Nosso Senhor a Anne, 27.Maio.2004


Revelações de Jesus e Nossa Senhora
a Anne, apóstola leiga
EUA, 2003-2004


Nihil Obstat e Imprimatur, a 12 de Novembro de 2013,
pelo Bispo de Kilmore, Leo O’Reilly








“Crianças do mundo,
venho até vós para avisar-vos.”


Mensagem de Jesus a 27 de Maio de 2004[1]

«Crianças do mundo, venho até vós para avisar-vos. Não quero continuar a ver o vosso mundo a gerar mais trevas. Estou a permitir aos Meus anjos atingir o mundo para despertar as almas dos seus objectivos mundanos e chamar a sua atenção para o seu Deus. Quando uma alma se aproxima da morte, essa alma não está preocupada com as coisas deste mundo, mas considera as coisas do mundo futuro. Porque o homem foi enganado, o homem não pensa nas coisas do mundo futuro. As almas que seguem o mundo viraram a sua atenção exclusivamente para dentro, dando constante e total consideração a si mesmos. Certamente, isto cessará quando o homem for forçado a olhar para os céus, porque estes abriram-se dando avisos e castigos.
Eu não busco vingança, meus queridos, somente justiça e o fim das trevas. Fostes avisados da futura escuridão física que vai cobrir a terra. Antes desse tempo tereis avisos em forma de disturbações no céu. A lua dará uma cor vermelha (1) que será facilmente vista. O homem tentará explicar isto cientificamente. Sabereis que é um aviso. Quando vejais isto preparai-vos para o tempo das trevas porque é iminente. Para preparar-vos deveis permanecer recolhidos em oração. Considerai o Céu, e a vossa transição da terra para o Céu. Já falamos muito disto, e sabeis que não tendes nada a temer. Nunca vos abandonarei e estarei convosco em todo momento. Permanecei no estado de graça para que as minhas graças sejam derramadas livremente sobre vós. Estai reconciliados com os que amais e deixai todos os rancores. Se Eu desejar que vos prepareis de modos práticos e concretos, sereis avisados. Eu estarei em tudo.
Queridos, digo-vos estas palavras porque entre vós estão aqueles que testemunharão estes eventos. Este é um tempo de graça, e estas palavras são uma porção dessas graças que foram reservadas para este tempo. Estais beneficiando-vos de graças obtidas por almas que vieram antes que vós. Deveis agradecer estas graças porque por meio delas muitas almas estão a ser salvas.
Também vos dou estes avisos para que tomeis nota das palavras nestas series de mensagens e prepareis as vossas almas em conformidade. Sabeis que não ficareis para sempre na terra. Simplesmente desejo que estejais informados de que vivereis num tempo grave, um tempo no qual conhecereis muitas mudanças. Se Me estais a seguir não tereis medo. Recebereis as mudanças de braços abertos porque estareis a receber o fim das trevas. Somente os Meus verdadeiros seguidores reconhecem a extensão das trevas e a extensão da Minha decepção e repugnância. Estai em paz. Continuai a rezar porque as vossas orações mudam o curso dos eventos na terra e muitas almas evitam o exílio eterno por causa da oração do justo. Como sereis recompensados queridos seguidores! Como sereis celebrados! Se mais vivem de maneira santa, é mais fácil ser santo. Se mais se comportam de maneira malvada, é mais difícil. O vosso Deus está-vos agradecido por cada sacrifício e por cada decisão em prole do Céu».


(1) Explicação teológica sobre a “lua vermelha”:







Posição actual da Igreja sobre as revelações de Jesus a Anne

Cf. A primeira publicação das Mensagens de Jesus Cristo à Anne, aqui no “Apelos de Nossa Senhora”; depois da mensagem vem descrita a posição actual da Igreja sobre as revelações de Jesus, Nossa Senhora e os Santos, à Anne.











[1] Direction For Our Times, Volume 5 (Inglês), p. 76-79.



SaveSave

lunes, 19 de septiembre de 2016

O Reino glorioso de Cristo - Mensagem de Nossa Senhora ao P. Stefano Gobbi, 21.Novembro.1993


Mensagens de Nossa Senhora
aos Sacerdotes, Seus filhos predilectos,
através do Pe. Stefano Gobbi
(1973-1997)


Imprimatur do Cardeal Bernardino Echeverría Ruiz, Arcebispo de Guayaquil.
Imprimatur do Arcebispo Metropolitano de Pescara – Penne, D. Francesco Cuccarese.
Imprimatur do Cardeal Ignace Moussa Daoud, Patriarca emérito de Antioquia
dos Sírios, e Perfeito da Congregação para as Igrejas Orientais.






O reino glorioso de Cristo


Sydney, Austrália, 21 de Novembro de 1993

«Filhos predilectos, hoje celebrais a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, com um grande Cenáculo no qual participam sacerdotes e fieis do meu Movimento vindos também de outras cidades desta grande nação.
A vossa Mãe Celeste quer encerrar-vos todos no refúgio seguro do seu Coração Imaculado a fim de vos proteger no tempo da grande prova (1) e vos preparar para receber Jesus, que está prestes a voltar para instaurar o seu Reino glorioso entre vós.
O Reino glorioso de Cristo estabelecer-se-á, antes de mais, nos corações e nas almas (2). Esta é a parte mais preciosa da realeza divina de Jesus.
De facto, foi para isso que o Verbo Se fez Homem e veio habitar no meio de nós. Foi para isso que o Filho Se fez obediente ao Pai até à morte e morte de cruz.
Com a Redenção realizada por Jesus no Calvário, fostes subtraídos ao domínio de Satanás, libertados do pecado, que é o jugo da sua escravidão e tornastes-vos filhos de Deus, porque Jesus vos comunicou o seu amor e a sua própria Vida.
Por isso os corações renovados pelo Amor e as almas santificadas pela Graça são a parte mais preciosa da realeza divina de Jesus.
O Reino glorioso de Cristo corresponderá a um geral florescimento de santidade e de pureza, de amor e de justiça, de alegria e de paz: os corações dos homens serão transformados pela força poderosa do Espírito Santo, que Se derramará sobre eles com o prodígio do seu segundo Pentecostes (3); e as almas serão iluminadas pela presença da Santíssima Trindade que produzirá nelas um extraordinário desenvolvimento de todas as virtudes.
O Reino glorioso de Cristo reflectir-se-á também numa nova forma de vida para todos porque sereis levados a viver só para a glória do Senhor. E o Senhor será glorificado quando a sua vontade divina for cumprida perfeitamente por cada um de vós.
Portanto, o Reino glorioso de Cristo coincidirá com o perfeito cumprimento da vontade de Deus por parte de cada uma das suas criaturas (4), para que ela se cumpra também nesta terra, tal como se cumpre no Céu. Mas isto não é possível se antes não for derrotado Satanás, o sedutor, o espírito da mentira que sempre interveio na historia dos homens para os conduzir à rebelião contra o Senhor e à desobediência da sua Lei.
O Reino glorioso de Cristo estabelecer-se-á depois da derrota de Satanás e de todos os espíritos do mal e com a destruição do seu poder diabólico. Assim, ele será preso e precipitado no Inferno e será fechada a porta do abismo, para que não possa mais sair e fazer mal ao mundo. (5)
No mundo reinará Cristo.
O Reino glorioso de Cristo coincidirá com o triunfo do Reino eucarístico de Jesus porque Jesus manifestar-Se-á num mundo purificado e santificado, completamente renovado pelo Amor, sobretudo no mistério da sua Presença Eucarística.
A Eucaristia derramará todo o seu poder divino e tornar-se-á o novo sol, que reflectirá os seus raios luminosos nos corações e nas almas e depois na vida dos indivíduos, das famílias e dos povos, fazendo de todos um só rebanho, dócil e manso, do qual Jesus há-de ser o único Pastor.
É para estes novos céus e esta nova terra que vos conduz a vossa Mãe Celeste, que hoje vos reúne de toda a parte do mundo para vos preparar para receber o Senhor que vem (6)».





Notas importantes:


(1) Sobre a “grande prova”.

A “grande prova”, aqui mencionada por Nossa Senhora, também chamada a “Grande Tribulação” vem claramente avisada por Nosso Senhor nos Santos Evangelhos.
Mt 24,15-25: «Quando, pois, virdes que a abominação da desolação [refere-se ao Anticristo] —anunciada pelo profeta Daniel— erigida no Lugar Santo (quem lê, entenda), então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; e quem estiver sobre o telhado não desça a tirar alguma as coisas da sua casa; e quem estiver no campo não volte atrás a buscar as suas vestes.
Ai das grávidas e das que amamentarem naqueles dias! E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado. Porque haverá então uma grande tribulação, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem voltará a haver. E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos eleitos serão abreviados aqueles dias. Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito. Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.
Eis que eu vo-lo tenho predito».

São Paulo acrescenta mais detalhes sobre o teor desta “Grande Tribulação”, centrando-se na “grande apostasia” e na personagem do “homem ímpio” ou Anticristo.
2Tes 2,1-12: «Pelo que diz respeito à Vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com Ele, vos rogamos, irmãos, que não permitais que o vosso ânimo se altere por qualquer coisa, nem, vos alarmeis por certas manifestações do Espírito, por algumas palavras o por alguma carta apresentada como nossa, que vos faça supor que o dia do Senhor é eminente.
Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o Homem ímpio, o Filho da perdição, o Adversário que se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora, até ao extremo de sentar-se ele mesmo no Santuário de Deus e proclamar-se a si mesmo Deus.
Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco? Vós sabeis o que o retém agora, para que seja manifestado no momento oportuno. Porque o mistério da injustiça já opera. Basta só com que seja retirado do meio aquele que agora o retém, e então será revelado o Iníquo, a quem o Senhor desfará com o sopro da sua boca, e aniquilará com a manifestação da sua Vinda.
A vinda do ímpio é segundo a eficácia de Satanás, com todo a classe de milagres, sinais, prodígios falsos e com todo o tipo de maldade, que seduzirão aos que se hão de condenar por não ter aceite o amor à Verdade que lhes teria salvado. Por isso Deus lhes enviará um poder seductor para que creiam a mentira, para que sejam condenados todos os que não creram na verdade, antes preferiram a iniquidade.

Sobre a Grande Apostasia no mundo:
-                Nossa Senhora ao P. Gobbi a explicar-nos o capítulo 12 do livro do Apocalipse — “O grande Dragão vermelho” (14.Maio.1989):
-                Nossa Senhora ao P. Gobbi a explicar-nos o capítulo 13,1-10 do livro do Apocalipse — “A Besta semelhante a uma pantera” (3.Junho.1989):

Sobre a Grande Apostasia na Igreja:
-                Revelações de Nosso Senhor à Beata Ana Catarina Emmerich (em torno a 1800):
-                Verável Fulton J. Sheen, Arcebispo de New York (1948):
-                Nossa Senhora ao P. Gobbi a explicar-nos o capítulo 13,11-18 do livro do Apocalipse — “A Besta semelhante a cordeiro” (13.Junho.1989):
-                Nossa Senhora ao P. Gobbi (13.Março.1990):
-                Pp. Paulo V (1963-1978):

Sobre o Anticristo (apogeu e clímax da Grande Apostasia):
-                Nossa Senhora em La Salette (1846):
-                Pp. São Pio X, Encíclica E supremis (1903):
-                Nosso Senhor à Anne (2004), com o comentário teológico:





(2) «O Reino glorioso de Cristo estabelecer-se-á, antes de mais, nos corações e nas almas».

Ensina São Bernardo de Claraval: «Conhecemos uma tríplice vinda do Senhor. Entre a primeira e a última, há uma vinda intermédia. Aquelas duas são visíveis; mas esta, não. Na primeira, o Senhor apareceu na terra e conviveu com os homens; como Ele mesmo afirma, viram-n’O e não O quiseram receber. Na última, todo o homem verá a salvação do nosso Deus e contemplarão Aquele que trespassaram. A intermédia é oculta e só os eleitos a vêem em si mesmos, e por ela se salvam as suas almas. Na primeira, o Senhor veio revestido da nossa fraqueza humana; na intermédia, vem espiritualmente, manifestando o poder da sua graça; na última, virá com todo o esplendor da sua glória.
   A vinda intermédia é, portanto, como que uma estrada que nos leva da primeira à última: na primeira, Cristo foi a nossa redenção; na última, aparecerá como nossa vida; na intermédia, é nosso descanso e consolação». (Sermo 5 in Adventu Domini, 1-3: Opera omnia, Ed. cisterc. 4 (1966), 188-190).





(3) A propósito da expressão “segundo Pentecostes”.

Afirma o Apóstolo São Paulo que «o amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo o Espírito Santo que nos foi dado» (Rm 5,5). São Lucas, nos Actos dos Apóstolos, é quem narra tal acontecimento que teve lugar cinquenta dias depois da Ressurreição de Nosso Senhor e da sua Ascensão aos Céus: o Espírito Santo desce em forma de línguas de fogo sobre Nossa Senhora e o Doze Apóstolos (cf. Act 2,1-21).
Ao longo da historia, o Espírito de Deus é derramado sobre o resto dos homens até aos nossos dias por meio dos Sacramentos (economia sacramental), instituídos por Nosso Senhor Jesus Cristo no Espírito Santo, e confiados à Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana, por Ele fundada. Assim, é por meio da economia sacramental que recebemos o Espírito Santo, dador de vida, Quem nos capacita para viver no amor de Deus e na graça de Deus.
Há que entender, no entanto, que a actividade do Espírito Santo, nesta etapa da Historia da Salvação, não realiza ainda tudo aquilo que Lhe convém e que foi profetizado por Deus. Por isso afirma São Paulo que temos as «primícias (= primeiros frutos) do Espírito» (Rm 8,23).

Que prometeu Deus à sua Igreja respeito da actividade do seu Santo Espírito sobre Ela?
Foi-nos prometido que o Espírito Santo haverá de renovar a face da terra; assim, David o implora a Deus (cf. Sal 104,30), e o próprio Deus no-lo promete por boca do profeta Ezequiel:
«E vos tomarei dentre os gentios, e vos congregarei de todas as terras, e vos trarei para a vossa terra. Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícies e de todos os vossos ídolos vos purificarei. E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis.
E habitareis na terra que eu dei a vossos pais e vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso Deus. E livrar-vos-ei de todas as vossas imundícies; e chamarei o trigo, e o multiplicarei, e não trarei fome sobre vós. E multiplicarei o fruto das árvores, e a novidade do campo, para que nunca mais recebais o opróbrio da fome entre os gentios.
Então vos lembrareis dos vossos maus caminhos, e dos vossos feitos, que não foram bons; e tereis nojo em vós mesmos das vossas iniquidades e das vossas abominações. Não é por amor de vós que eu faço isto, diz o Senhor Deus; notório vos seja; envergonhai-vos, e confundi-vos por causa dos vossos caminhos, ó casa de Israel.
Assim diz o Senhor Deus: “No dia em que eu vos purificar de todas as vossas iniquidades, então farei com que sejam habitadas as cidades e sejam edificados os lugares devastados. E a terra assolada será lavrada, em lugar de estar assolada aos olhos de todos os que passavam. E dirão: Esta terra assolada ficou como jardim do Éden: e as cidades solitárias, e assoladas, e destruídas, estão fortalecidas e habitadas. Então saberão os gentios, que tiverem ficado ao redor de vós, que eu, o Senhor, tenho reedificado as cidades destruídas, e plantado o que estava devastado. Eu, o Senhor, o disse e o farei.
Assim diz o Senhor Deus: Ainda por isso serei solicitado pela casa de Israel, que lho faça; multiplicar-lhes-ei os homens, como a um rebanho. Como o rebanho santificado, como o rebanho de Jerusalém nas suas solenidades, assim as cidades desertas se encherão de rebanhos de homens; e saberão que eu sou o Senhor. Eu, Yahvé, o digo e o faço» (Ez 36,24-38).
E por meio de Jeremias:
«Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor; porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados». (Jr 31,33-34)

Tudo isto realizá-lo-á o Espírito Santo neste Segundo Pentecostes, neste fim da “sexta idade”, a quando do começo ao Reino de Nosso Senhor Jesus Cristo (a “sétima idade” da Historia da Salvação: cf. Ap 19,11–20,6).
Para uma breve explicação das “oito idades” da Historia da Salvação cf. http://apelosdenossasenhora.blogspot.pt/2016/08/a-pregacao-do-evangelho-toda-criacao.html





(4) «O Reino glorioso de Cristo coincidirá com o perfeito cumprimento da vontade de Deus por parte de cada uma das suas criaturas».

De facto São Paulo afirma que o Reino deve estender-se a toda a criação.
«Pois até a criação se encontra em expectativa ansiosa, aguardando a revelação dos filhos de Deus. De facto, a criação foi submetida à caducidade —não voluntariamente, mas por disposição daquele que a submeteu— na esperança de que também ela será libertada da escravidão da corrupção, para participar na gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Sabemos como toda a criação geme e sofre as dores de parto até ao presente» (Rm 8,19-22).

Mostrámos antes que o divino Espírito Santo renovará a face da terra (cf. Sal 104,30) no seu Segundo Pentecostes, transformando a terra no Éden (cf. Ez 36,35). Ilustradoras as palavras de Deus a Isaías:
«Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará. Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor. E deleitar-se-á no temor do Senhor. Não julgará segundo as aparências, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos, mas julgará com justiça aos pobres, e repreenderá com equidade aos mansos da terra; e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará ao ímpio,
A justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade o cinto dos seus rins. E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão e o animal cevado andarão juntos, e um menino pequeno os guiará. A vaca e o urso pastarão juntos, seus filhos se deitarão juntos, e o leão comerá palha como o boi. E brincará a criança de peito sobre a toca da áspide, e a desmamada colocará a sua mão na cova da víbora. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar». (Is 11,1-9).

A rebelião do homem contra Deus (cf. Gn 3) rompeu a harmonia entre o homem e a natureza (cf. Gn 3,17-19), entre o homem e o homem (cf. Gn 4). Os profetas anunciam guerras e invasões como castigo das infidelidades de Israel. Pelo contrario, a era messiânica (o tempo do Messias) que traz o perdão dos pecados e a reconciliação com Deus e o reino da justiça, estabelece a paz que é a sua consequência: fertilidade do solo (cf. Am 9,13-14; Os 2,20.23-24); desarme geral (cf. Is 2,4.9,4; Mi 4,3-4.5,9-10; Za 9,10); paz perpétua (cf. Is 9,6.32,17.60,17-18; So 3,18; Za 3,10; Jl 4,17). A Nova Aliança é uma aliança de paz (cf. Ez 34,25.37,26). O Reino Messiânico é um reinado de paz (cf. Za 9,8-10; Sal 72,3-7). Esta paz estende-se ao reino animal. Símbolo da paz do Reino messiânico é a restauração da paz paradisíaca do Edén tal como existia antes do pecado.
A terra prometida não é uma alegoria para falar dos céus ou das regiões supracelestes; a terra prometida é esta mesma terra libertada e renovada para que os crentes «recebam com justiça os frutos do sofrimento na criação mesma em que trabalharam ou foram afligidos, provados de todas as maneiras pelo sofrimento; e sejam vivificados na mesma criação em que padeceram morte a causa do amor de Deus; e reinem na mesma criação em que serviram servidão» (Ireneo, Adv. haer. V 32,1).
Uma das funções do Reino dos justos é manifestar plenamente a justiça de Deus na actual figura do cosmos, tal como lemos anteriormente em São Paulo (Rm 8,19-22), e nos profetas (Ez 36,24-38; Jr 31,33-34; Is 11,1-9).





(5) «O Reino glorioso de Cristo estabelecer-se-á depois da derrota de Satanás e de todos os espíritos do mal e com a destruição do seu poder diabólico. Assim, ele será preso e precipitado no Inferno e será fechada a porta do abismo, para que não possa mais sair e fazer mal ao mundo».

O livro do Apocalipse quando fala da Vinda de Nosso Senhora para instaurar o seu Reino messiânico, aparece antes como destruidor da iniquidade e exterminador das nações e homens que não acolheram o seu Divino Sangue Redentor, mas preferiram o reinado do príncipe de este mundo, isto é, Satanás, e o seu servo, o Anticristo.
«E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava sentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e combate com justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. E estava vestido de veste tingida em sangue; e o nome pelo qual se chama é Verbo de Deus. E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro. E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso. E no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores.
E vi um anjo que estava no sol, e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: “Vinde, e ajuntai-vos à ceia do grande Deus; para que comais a carne dos reis, e a carne dos tribunos, e a carne dos fortes, e a carne dos cavalos e dos que sobre eles se assentam; e a carne de todos os homens, livres e servos, pequenos e grandes!”
E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército. E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes» (Ap 19,11-21).

É o fim de este tempo, o fim da sexta idade, que é o tempo da pregação do Evangelho —inaugurado com a Paixão, Morte e ressurreição de Nosso Senhor—:
«Proclamar-se-á esta Boa Nova do Reino no mundo inteiro, para dar testemunho a todas as nações. E então chegará o fim [da idade]» (Mt 24,14).
«E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for baptizado será salvo; mas quem não crer será condenado». (Mc 16,15-16).
«Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, baptizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até ao fim da idade. Amém». (Mt 28,19-20).

Cf. A pregação do Evangelho a toda a criação como um sinal do “fim da idade” e que precede a Vinda do Reino de Nosso Senhor Jesus Cristo (explicação teológica): http://apelosdenossasenhora.blogspot.pt/2016/08/a-pregacao-do-evangelho-toda-criacao.html

Começará então o Reino de Cristo (a sétima idade):
«E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo.
Vi também alguns tronos; e aos que neles estavam sentados foi dado o poder de julgar. Vi ainda as almas dos que foram decapitados pelo testemunho de Jesus e pela Palavra de Deus, os quais não adoraram a besta, nem a sua estátua, nem trouxeram na fronte ou na mão a marca da besta. Eles reviveram e reinaram com Cristo durante mil anos. O resto dos mortos não voltou à vida antes de se cumprirem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição.
Felizes e santos os que tomam parte na primeira ressurreição”. Sobre eles a segunda morte não tem qualquer poder; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com Ele durante mil anos». (Ap 20,1-6).

«Tu és digno de receber livro e de abrir selos; porque foste morto e, com o teu sangue, resgataste para Deus, homens de todas as tribos, línguas, povos e nações; e fizeste deles um reino de sacerdotes para o nosso Deus; e reinarão sobre a terra». (Ap 5,9-10)





(6) «A vossa Mãe reúne-vos de toda a parte para receber o Senhor que vem».

Faz parte da sagrada teologia o axioma de São Luís Maria Grignon de Montfort (s. XVIII d.C.), no seu Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, nº 1: «Foi pela Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo e é também por ela que deve reinar no mundo».
Em Fátima, a 13 de Julho de 1917, é a mesma Mãe de Deus que o anuncia: «Por fim o Meu Imaculado Coração triunfará».
Também nas aparições em Akita, em 1973, anuncia a Mãe de Deus: «Aqueles que põem a sua confiança em Mim serão salvos».
Em El Escorial, 5 de Setembro de 1987, Nossa Senhora anuncia mais uma vez: «Por mim, minha filha, formou-se a Igreja na Terra. E por mim, minha filha, virá o Paraíso».
E, uma vez mais, ao P. Stefano Gobbi, a 31 de Dezembro de 1997: «Por fim o meu Imaculado Coração triunfará. Isso acontecerá no maior triunfo de Jesus, que trará para o mundo o seu glorioso reino de amor, de justiça e de paz e fará novas todas as coisas. Abri os corações à esperança. Escancarai as portas a Cristo que vem a vós na glória. Vivei a trépida hora deste segundo Advento. Tornai-vos, assim, os corajosos anunciadores deste meu triunfo, porque vós, pequenas crianças consagradas a Mim, que viveis do meu próprio espírito, sois os Apóstolos destes últimos tempos. Vivei como fiéis discípulos de Jesus, no desprezo do mundo e de vós mesmos, na pobreza, na humildade, no silêncio, na oração, na mortificação, na caridade e na união com Deus; enquanto sois desconhecidos e desprezados pelo mundo».








A Autoridade Eclesiástica respeito das mensagens
de Nossa Senhora ao P. Stefano Gobbi

Ver a primeira publicação sobre as Mensagens de Nossa Senhora ao P. Gobbi, aqui nos “Apelos de Nossa Senhora”.