lunes, 29 de junio de 2015

Tetra Eclipse Lunar Bíblico 2014-2015 - A "Lua de Sangue" na Sagrada Escritura e nas Aparições Marianas como sinal que precede a Segunda Vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo


A “Lua de Sangue” na Sagrada Escritura e nas Aparições marianas,
como sinal que precede a Segunda Vinda de Nosso Senhor.


O Tetra Eclipse Lunar Total de 2014-2015



Tetra Bíblico 2014-2015: "O Sinal Perfeito de Deus"
(formato das datas: mês/dia/ano)
Ver último apartado deste artigo: "A Lua de Sangue"



Índice:
1.    O Projecto de Deus.
2.    O “Fim do Tempo” e a consumação do Projecto Divino.
3.    Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas (Lc 21,25)
antes de que chegue o Dia de Yahvé grande e terrível (Joel 3,4).
4.    Sentido teológico dos astros como reveladores
do Projecto Divino do Criador.
5.    Relação do Povo de Israel com a Segunda Vinda de Cristo.
6.    A Lua de Sangue.





O projecto de Deus

No primeiro relato da Criação do livro do Génesis 1,1-2,4a, a acção criadora de Deus é nos apresentada num “crescendo” que culminará com a criação do homem à Sua imagem e semelhança.
Efectivamente, toda a criação está criada por Deus em função do homem. Assim o Catecismo da Igreja Católica, nº 358, que cita a São Pedro Crisólogo, Padre e Doutor da Igreja:
«Qual é, pois, o ser que vai chegar à existência rodeado de tal consideração? É o homem, grande e admirável figura vivente, mais precioso aos olhos de Deus que toda a criação; é o homem, para quem existem o céu e a terra e o mar e a totalidade da criação, e a cuja salvação Deus deu tanta importância, que, por ele, nem ao seu próprio Filho poupou. Porque Deus não desiste de tudo realizar, para fazer subir o homem até Si e fazê-lo sentar à sua direita»[1].
Nesta mesma linha Joseph Ratzinger afirma que «o cosmos não foi [primariamente] criado para que houvesse uma massa de astros e tantas outras coisas mais, mas para que houvesse um espaço para a “aliança”, para o “sim” do amor entre Deus e o homem que Lhe responde»[2].

Ora, o homem —sabemo-lo pela Sagrada Escritura— foi infiel a esta “aliança da criação”, a qual é o fundamento de todos os desígnios salvíficos de Deus. A desobediência de Adão e Eva ao mandato divino (cf. Gn 3) atraiçoa o amor de Deus pelo homem, a quem criou à Sua imagem, e tem como consequência a perda da comunhão do homem com Deus. De aqui se segue naturalmente a perda da comunhão do homem com os seus semelhantes, e, por fim, a perda da comunhão com a criação da qual tinha sido erigido “senhor” por Deus mesmo (cf. Gn 1,28-30), a perda da comunhão do homem com esse cosmos que tinha sido criado como lugar da Aliança de Deus com os homens (cf. Gn 17).

Mas, apesar da infidelidade do homem, Deus não o abandonou. Como disse antes São Pedro Crisólogo: «Deus deu tanta importância salvação do homem, que, por ele, nem ao seu próprio Filho poupou. Porque Deus não desiste de tudo realizar, para fazer subir o homem até Si e fazê-lo sentar à sua direita»[3].
A reconciliação da humanidade com Deus, por meio do Seu Filho Eterno feito homem, Jesus Cristo, nosso Senhor, vem admiravelmente expressada por São Paulo, quando escreve aos Romanos:
«Deus demonstra o seu amor para connosco pelo facto de Cristo ter morrido por nós quando éramos ainda pecadores. [...] Nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por quem desde agora recebemos a reconciliação. Com efeito, se pelo delito de um só homem [Adão] reinou a morte, com quanta mais razão os que recebem em abundância a graça e o dom da justiça reinarão na vida por meio de um só, Jesus Cristo. Por conseguinte, assim como pelo delito de um só resultou a condenação de todos os homens, do mesmo modo, da obra de justiça de um só, resultou para todos os homens justificação que traz a vida. De modo que, como pela desobediência de um só homem todos se tornaram pecadores, assim, pela obediência de um só todos se tornarão justos.» (Rm 5, 8.11.17-20)
A reconciliação da humanidade com Deus, por meio de Jesus Cristo, trará como consequência todas as outras reconciliações: a reconciliação dos homens entre si, e do homem com a criação. Assim, São Paulo fala também da “redenção” da criação:
«Pois a criação espera ansiosa e deseja vivamente a revelação da nossa condição de filhos de Deus. De facto, a criação foi submetida à caducidade —não pelo seu querer, mas por vontade daquele que a submeteu— na esperança de ela também ser liberada da escravidão da corrupção para entrar na liberdade gloriosa dos filhos de Deus. Pois sabemos que a criação inteira geme e sofre as dores de parto até ao presente.» (Rm 8,19-22).
Vemos, pois, como a obra redentora de nosso Senhor Jesus Cristo terá a sua consumação também na inteira criação que o Pai criou para o Seu Filho Eterno (cf. Col 1,15-17), à imagem do Qual nós fomos criados (cf. Rom 5,14). Por Cristo somos filhos adoptivos de Deus (cf. Ef 1,4-5), e por isso herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo (cf. Rom 8,17) de toda a criação (cf. 1Cor 3,22-23).
Se cumprirão então as profecias feitas por Deus por meio do profeta Isaías:
«Em verdade, eis que criarei novos céus e uma nova terra; e todos os eventos passados não serão mais lembrados. Jamais virão à mente! Alegrai-vos, portanto, e regozijai-vos para todo o sempre com aquilo que estou prestes a criar: eis que criarei uma nova Jerusalém, e esta somente para júbilo, e seu povo para a felicidade.» (Is 65,17-18)
A Divina Promessa de um céu novo e uma nova terra vem recordada no último livro da Escritura, o qual nos revela (em geral todo o Novo Testamento) que a Promessa será realizada em Cristo a quando da sua Última Vinda. Assim relata São João esta visão no livro de Apocalipse:
«Então vi um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra haviam passado; e o mar já não mais existia. Vi também a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia dos céus, de junto de Deus, adornada como uma linda noiva para o seu esposo amado. E ouvi uma voz potente que procedia do trono e declarava: “Esta é a Morada de Deus, que compartirá com os homens, com os quais Ele habitará. Eles serão o seu povo e o próprio Deus viverá com eles, e será o seu Deus. Ele lhes enxugará dos olhos toda a lágrima; não haverá mais morte, nem pranto, nem lamento, nem dor, porquanto a antiga ordem está encerrada!” E Aquele que está assentado no trono afirmou: “Eis que faço novas todas as coisas!” E acrescentou: “Escreve isto, pois estas palavras são verdadeiras e absolutamente dignas de confiança”. E declarou-me ainda: “Tudo está realizado! Eu Sou o Alfa e o Ómega, o Princípio e o Fim. A todos quantos tiverem sede lhes darei de beber graciosamente da fonte da Água da Vida. O vencedor herdará todas essas bênçãos, e Eu serei seu Deus e ele será meu filho.» (Ap 21, 1-7)

De facto, as últimas palavras do Filho de Deus na Sagrada Escritura são precisamente o aviso da Sua Vinda: «Sim. Venho muito em breve!» (Ap 22,20). E a estas palavras São João responde «Ámen! Vem, Senhor Jesus.»
É São Pedro quem nos exorta a esperar com ele na Promessa que Jesus fez à sua Igreja: «Nós, confiados na Sua Promessa, esperamos uns céus novos e uma nova terra, nos que habite a justiça.» (2Pe 3,13).

O Apocalipse, cujo nome não significa “fim do mundo” (que é o que pensa o imaginário do comum dos mortais), mas “Revelação”, vem revelar, precisamente, a consumação vitoriosa do plano de Deus: a união definitiva da humanidade redimida com o Redentor e Salvador, Cristo Jesus. Este é o núcleo essencial do último livro da Sagrada Escritura, no qual vem também descrito o processo histórico —agonizante— que conduzirá ao triunfo de Jesus, descrição que se dá ora segundo o recurso a uma linguagem simbólica, ora segundo o recurso a uma linguagem literal.





O “Fim do Tempo” e a consumação do Projecto Divino

O desenrolar do projecto divino de levar o homem e o universo (para ele criado) a gozar eternamente da Vida de Deus é condicionado (não determinado!) pela resposta que o homem ao longo da historia dá ao desígnio amoroso de Deus. Ora, Deus, na sua Omnisciência conhece perfeitamente as respostas particulares que cada homem concreto dá ao Seu projecto de amor, e de como elas vão levando a historia à sua inexorável consumação: a Vinda de Cristo, Rei do Universo, e a entrada da criação inteira no âmbito da vida divina.

Deus, que guia a historia do Universo ao seu cumprimento em Cristo Jesus, vai alentando a sua Igreja nesta peregrinação até ao Seu encontro, e lhe vai mostrando que tempo vive em cada momento da história. Se bem que é verdade, como Jesus ensina, que ninguém sabe o dia nem a hora da Vinda do Filho do homem (cf. Mt 24,36), também são verdade estas outras palavras do Filho de Deus:
«Portanto, aprendei com a parábola da figueira: quando os seus ramos se renovam e as suas folhas começam a brotar, sabeis que está próximo o verão. Da mesma forma também vós quando virdes todos esses acontecimentos, sabei que Ele [o Filho do Homem, que vem a instaurar o seu Reino][4] está muito próximo, às portas.» (Mt 24,32-33).
E, de facto, seja por meio de Jesus mesmo ou dos seus Apóstolos, na Sagrada Escritura foram deixados à Igreja de Deus os sinais que precedem a Segunda Vinda de Nosso Senhor.
Michael Schmaus, teólogo dogmático de renome, director da tese doutoral de Joseph Ratzinger, agrupa, na sua Dogmática[5], os sinais que a Escritura anuncia como preludio da Segunda Vinda de Cristo:
«Ainda que a data da volta de Cristo é indefinida, deu-se-nos a conhecer os signos que a precederão. Estes são: a predicação do Evangelho a todo o mundo, a conversão do povo judio, penas e tribulações da Igreja, a aparição do Anticristo e o caos da criação.»





Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas (Lc 21,25)
antes de que chegue o Dia de Yahvé grande e terrivel (Joel 3,4)

O que no Novo Testamento vem entendido como a “Vinda de Nosso Senhor”, no Antigo Testamento é chamado “Dia de Yahvé”, o dia da justiça divina. Em ambos testamentos da Sagrada Escritura, os sinais no sol, na lua e nas estrelas vêm identificados como precursores do Dia de Yahvé, como precursores da Segunda Vinda de Jesus.
Por exemplo:
Isaías 13,9-13: «Eis o dia Yahvé, que vem implacável, e com ele o furor ardente da ira, reduzindo a terra a desolação e dela extirpando os pecadores. Com efeito, as estrelas do céu e Órion não darão a sua luz. O sol se escurecerá ao nascer, e a lua não dará a sua claridade. Punirei o mundo por causa da sua maldade e os ímpios por causa da sua iniquidade; porei fim à arrogância dos soberbos, humilharei a altivez dos tiranos. Farei com que os homens sejam mais raros que o ouro fino, os mortais mais raros que o ouro de Ofir. Por isso farei estremecer os céus, a terra tremerá sobre suas bases, em virtude do furor de Yahvé dos Exércitos, no dia em que arder a sua ira.»
Isaías 24,19-23: «A terra será toda arrasada, a terra será sacudida violentamente, a terra será fortemente abalada. [...] o seu crime pesará sobre ela, ela cairá e não mais se levantará. E acontecerá naquele dia, que Yahvé visitará o exército do alto, no alto, e os reis da terra, na terra. Eles serão reunidos como bando de prisioneiros destinados à cova; serão encerrados no calabouço; depois de longo tempo, serão chamados a contas. A lua ficará confusa, o sol se cobrirá de vergonha, porque Yahvé dos Exércitos reina no monte Sião e em Jerusalém, e a Gloria resplandece diante dos anciãos.»
Em Ezequiel 32,7-8, Yahvé profetiza contra Egipto (símbolo do poder que oprime Israel): «Ao morreres, cobrirei os céus e escurecerei as suas estrelas, cobrirei o sol com as nuvens e a lua não dará a sua luz. Escurecerei todos os astros do céu por tua causa e espalharei as trevas sobre a tua terra, oráculo do Senhor Yahvé.»
Joel 2,1-2.10-11: «Tocai a trombeta em Sião, dai alarme na minha morada santa! Tremam todos os habitantes da terra, porque está a chegar o dia de Yahvé! Sim, está próximo um dia de trevas e escuridão, um dia de nuvens e de obscuridade! [...] Diante dele a terra se comove, os céus tremem, o sol e a lua escurecem e as estrelas perdem o seu brilho! Yahvé levanta a sua voz diante do seu exército! Sim, o seu acampamento é muito grande, o executor da sua palavra é poderoso. Sim, o dia de Yahvé é grande, extremamente terrível! Quem poderá suportá-lo?»
Joel 3,1-5: «“Depois disto, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne. Os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos anciões terão sonhos, os vossos jovens terão visões. Até sobre os escravos e sobre as escravas naqueles dias, derramarei o meu Espírito. Porei sinais nos céus e na terra, sangue, fogo e colunas de fumaça”. O sol se transformará em trevas, a lua em sangue, antes que chegue o dia de Yahvé grande e terrível! Então, todo aquele que invocar o nome de Yahvé, será salvo.»
Amós 8,9-10: «Acontecerá naquele dia, —oráculo do Senhor Yahvé— que eu farei o sol declinar em pleno meio-dia e escurecerei a terra em um dia de luz.»
Salmo 104,19: «Ele fez a lua para marcar os tempos, o sol conhece o seu ocaso.»
Lucas 21,25-28 ( || Marcos 13,24-27 || Mateus 24,29-31): «Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; e na terra, as nações estarão em angustia, inquietas pelo bramido do mar e das ondas; os homens desfalecerão de medo, na expectativa do que ameaçará o mundo habitado, pois os poderes dos céus serão abalados. E então verão o Filho do Homem vindo numa nuvem com poder e grande gloria. Quando começarem a acontecer estas coisas, erguei-vos e levantai a cabeça, pois está próxima a vossa libertação.»
Apocalipse 6,12: «Vi quando ele abriu o sexto selo: houve um grande terramoto; o sol tornou-se preto como um pano de crina, e a lua inteira como sangue; as estrelas do céu precipitaram-se sobre a terra, como a figueira que deixa cair os seus frutos ainda verdes ao ser agitada por um vento forte; o céu afastou-se como um livro que é enrolado; as montanhas todas e as ilhas foram removidas do seu lugar; os reis da terra, os magnatas, os capitães, os ricos e os poderosos, todos os escravos e os homens livres, esconderam-se nas cavernas e pelos rochedos das montanhas, dizendo aos montes e às pedras: “desmoronai sobre nós e escondei-nos da face daquele que está sentado no trono, e da ira do Cordeiro, pois chegou o Grande Dia da sua ira, e quem poderá ficar de pé?”»

Também a Santíssima Virgem nas suas aparições alertou para os sinais no sol, na lua e nas estrelas, recordando a iminência da Segunda Vinda do Seu Filho.

Assim em La Salette[6] (1846):
«As estações mudarão, a terra só dará maus frutos, os astros perderão os seus movimentos regulares, a Lua não projectará senão uma débil luz avermelhada. A água e o fogo darão ao globo terrestre movimentos convulsivos e horríveis tremores de terra que engolirão montanhas, cidades, etc..
Roma perderá a fé e se tornará sede do Anticristo.
Os demónios do ar, junto com o Anticristo, farão grandes prodígios na terra e nos ares. E os homens se perverterão cada vez mais.»

E nas aparições de El Escorial[7] (1981-2002), Nossa Senhora também insiste abundantemente:
«Será um tempo em que os filhos vão lutar contra os pais, as noras contra as sogras e irmãos contra irmãos. Morrerão muitos inocentes. Eu esperá-los-ei na Minha morada. As moradas estão preparadas para os escolhidos, mas os calabouços do Inferno também estão preparados. A luta vai parecer-vos muito longa e o Inimigo será, então, vencedor. Haverá três dias de escuridão; o Sol escurecerá e a Lua dará uma luz muito ténue. Os verdadeiros filhos de Deus continuarão a rezar, não se esquecendo de Deus. Esses dias serão terríveis! Será nesses momentos que se conhecerão os verdadeiros imitadores de Cristo. Não desembainheis a vossa espada. Lembrai-vos que foi dito: "Quem com ferros mata, com ferros morre". O que Eu vos peço é oração, pois com a oração salvar-vos-eis.» (25.setembro.1981)
«Minha filha, repito-te como repeti a outras almas muitas vezes: sê humilde e segue o caminho que o Meu Filho te traçou. Todos os que percorrem o caminho para a luz têm de carregar a cruz e seguir o caminho do sofrimento. Mas os seres humanos não pensam em nada mais do que em divertir-se e cometer pecados. Diz a todos que se não mudarem e não pedirem perdão dos seus pecados nem se arrependerem, o Castigo está muito próximo. O toque das trombetas vai soar muito em breve e, nesse momento, a terra tremerá, o Sol girará sobre si com grandes explosões, a Lua escurecer-se-á e em todo o planeta terra ver-se-ão muitos fenómenos. Um astro iluminará a terra. Vai parecer que está envolta em chamas e isto vai durar vinte minutos. O pânico propagar-se-á por toda a parte. Todos os que acreditem em Deus e na Santíssima Virgem ficarão como em êxtase durante esses vinte minutos. Tudo isto está muito próximo, Minha filha.» (26.Fevreiro.1982)
«Os exércitos do Pai, formados por biliões e biliões [de Anjos], estão preparados. Basta o Pai mover o Seu braço para descerem à terra e separarem o joio do trigo, lançando o joio nas profundezas dos infernos e transportarem o trigo para os celeiros do Meu Filho. Por isso, diz a todos que estejam preparados para quando chegar esse momento. Dentro de pouco tempo, o Sol deixará de brilhar e a Lua deixará de alumiar.»  (7.Maio.1983)
«Está muito próximo o fim dos fins. Tomai atenção: haverá sinais na Lua, no Sol e nas estrelas. É muito importante que presteis atenção, porque é o fim dos fins, e o Meu Filho está a dar avisos para toda a Humanidade, mas os homens não fazem caso; não querem saber dos Meus avisos para nada. Pobres almas, Minha filha, pobres almas; que pena Me dão!» (24.setembro 1983)
«Eu disse-vos há uns dias para fixardes o vosso olhar nos astros e na Lua. Quando a lua começar a tornar-se avermelhada e os astros perderem o seu brilho natural, será espantoso. O Castigo será espantoso. Mas para as almas que cumpriram o Evangelho de Cristo, assim como os Dez Mandamentos..., será um paraíso eterno, Meus filhos! Um dos paraísos que o Pai preparou para vós.» (16.Junho.1984)

Nas revelações de Nosso Senhor a Anne[8] (EUA), em 2004 é nos dito:
«Filhos que estais no mundo, dirijo-me a vós com um aviso. Não desejo ver o vosso mundo gerar mais trevas. Estou a permitir que os Meus anjos golpeiem o Mundo, a fim de que as almas saiam das suas buscas mundanas e dirijam a atenção ao seu Deus. Quando uma alma se prepara para morrer, aquela alma não está preocupada com as coisas do mundo, mas considera as coisas do próximo mundo. O homem, porque foi enganado, não pensa nada sobre o próximo mundo. As almas que seguem este mundo concentram-se exclusivamente nelas, dando uma constante e total consideração a elas mesmas. Certamente, isto cessará quando o homem seja forçado a olhar para os céus, quando estes se tenham aberto lançando avisos e castigos. Meus Queridos, Eu não sou vingativo. Procuro apenas justiça e o fim das trevas. Fostes informados acerca das trevas que cobrirão a terra. Antes que chegue esse tempo tereis sinais na forma de transtornos no céu. A lua resplandecerá uma cor vermelha que será facilmente visível. Os homens procurarão explicar isto cientificamente. Sabereis que se trata de um sinal. Quando virdes isto, preparai-vos para o tempo das trevas, porque é iminente. Para que vos prepareis deveis permanecer recolhidos em oração.» (27.Maio.2004)





Sentido teológico dos astros
como reveladores do Projecto Divino do Criador

De facto, Deus estabeleceu os céus com inteligência (Prov. 3,19; cf. Sal 136,5). Deus fez as estrelas em grande número, mas contado (cf. Sal 147,8). Os astros que Deus criou têm uma ordem de aparição estabelecida (cf. Is 40,26), cada estrela tem um resplendor diferente (cf. 1Cor 15,41), cada uma é distinta e, por isso, a cada uma Deus lhe dá um nome[9] (cf. Is 40,26, Sal 146,4).
«Deus disse: “Que haja luzeiros no firmamento do céu para separar o dia e a noite; que eles sirvam de sinais (heb: oth), tanto para as festas (heb: moed) quanto para os dias e os anos; que sejam luzeiros no firmamento do céu para iluminar a terra”, e assim se fez.» (Gn 1,14-15).
A finalidade que Deus atribuiu às estrelas (astros) é alumiar física e espiritualmente a terra. Assim, fisicamente, as estrelas servem para medir os tempos e as estações (calendário), o que permite ordenar a vida do homem. As estrelas, com os seus movimentos regulares, são um relógio cósmico de alta precisão.

A palavra hebraica moed (cf. Gn 1,14), significa “festa”, “solenidade”, e estas vêm determinadas pelos movimentos dos astros, más precisamente da lua. Assim em Lv 23,4: «Estas são as festas do Senhor, assembleias santas, que tu as convocarás nas datas estabelecidas». Assim, Deus estabeleceu para Israel, o seu povo escolhido, tempos especiais de festividades nos quais os israelitas haviam de regozijar-se. Tanto pela sua origem (a explícita vontade de Yahvé) como pelo seu propósito (render o culto agradável a Deus) e a maneira na que se deveriam celebrar, eram chamadas “assembleias sagradas” (heb: miqraéi qódesh) e eram também as “festas solenes do Senhor” (heb: moadéi Adonay).[10] Quanto às “festas solenes do Senhor” (heb: moadéi Adonay), aquele termo moed (“festa solene”, “solenidade”) leva implícita a ideia de “cumprir com um encontro sagrado”[11]. Por tanto, Deus associou os movimentos dos astros com a vida do homem, com os tempos do homem que vive na historia, e, em particular, são os movimentos dos astros os que determinam os momentos dos próprios “encontros sagrados”.

Por outro lado os astros do céu vão indicando ao homem sábio, os tempos que Deus dispôs, no cumprimento do seu plano divino. Assim, por exemplo, foi como os sábios Reis Magos souberam do nascimento do verdadeiro Rei de reis, Jesus Cristo: “vimos sair a sua estrela e viemos adorá-lo” (Mt 2,2).
A perfeição do universo criado vai impregnada da inteligência genial de Deus que dispôs nos movimentos dos astros a narrativa do plano divino de salvação: eis a iluminação espiritual dos astros pensada pelo Criador. De facto, na sua infinita genialidade, Deus omnipotente e omnisciente —porque é conhecedor do passado, presente e futuro, porque penetra as entranhas do coração do homem e conhece a resposta dele ao Seu plano divino, porque conhece a leis dos céus e determina o seu mapa na terra (cf. Jb 38,33)— associou os movimentos dos astros à própria resposta que os homens dão ao plano divino.
Assim, quando chegou a plenitude dos tempos (cf. Ga 4,4) aquela estrela guiou os Reis Magos ao verdadeiro moad, ao verdadeiro “encontro sagrado” com o Deus nascido da Virgem Maria. Os Magos de Oriente não pertenciam ao povo de Israel, e por isso não tinham (provavelmente) o conhecimento da revelação sobrenatural que Israel teve por meio dos profetas; não obstante, reconheceram nos céus o sinal divino que Deus omnisciente ali preestabeleceu. A estrela do firmamento parou-se onde estava o Deus-menino, deteve-se sobre Belém. E Belém era a cidade profetizada pelo profeta Miqueias como o lugar donde havia de nascer o Cristo (cf. Mt 2,4-6; Mi 5,1-3). Ora, de facto, porque um e o mesmo é o Criador e o Revelador, não pode haver contradição entre a noticia que procede da revelação natural e a noticia que procede da revelação sobrenatural.

A Sagrada Escritura, em Gn 1,15, é explícita e diz que as estrelas foram criadas como signos (cf. Jb 38,31-33). Um signo é uma figura convencional que tem associado um significado ou mensagem; neste caso, as constelações, as estrelas, os planetas, o sol e a lua têm associado um significado ou mensagem, tal como aquele astro que guiou os Reis Magos até ao lugar onde nasceu o Deus-Menino. O conjunto de todas as mensagens é que os céus proclamam a gloria de Deus, como canta o Salmo 19:
            «Os céus contam a glória de Deus,
            e o firmamento proclama a obra das suas mãos.
            O dia passa a mensagem a outro dia,
            e a noite à outra noite a sussurra,
            sem que falem, sem que se lhes oiça,
            sem que ressoe a sua voz,
            a sua linguagem alcança toda a Terra,
            até aos confins do mundo as suas palavras.» (Sal 19,1-4)
Ora, como ensina São Ireneo de Lyon «a gloria de Deus é o homem vivo, e a vida do homem é a visão de Deus»[12]. Portanto, como demonstrámos, faz todo o sentido que os céus vaiam anunciando os momentos concretos de salvação —“kairos”— que nos aproximam cada vez mais da consumação definitiva do Divino projecto da salvação.





Relação do Povo de Israel com a Segunda Vinda de Cristo

O povo judeu, apesar da sua infidelidade (cf. Rom 10), continua a ser herdeiro das promessas, como recorda São Paulo (cf. Rom 11). E vimos que a promessa que Cristo —o Filho de Deus enviado ao seu povo, e que o seu povo, de facto, não reconheceu (cf. Jo 1,11)— de voltar para libertar definitivamente o homem, se identifica com aquela que é feita ao povo de Israel, que espera o Dia Yahvé, o dia da vinda do Messias que libertará a Israel dos seus inimigos (como mostram as citações bíblicas anteriores). Assim São Paulo aos Romanos:
«Não quero, irmão, que ignoreis este mistério, para que não presumais de sábios: o endurecimento parcial que padeceu Israel durará até que entrem todos os gentios. Desse modo todo o Israel se salvará, como diz a Escritura: De Sião virá o libertador e afastará as impiedades de Jacob, e esta será a minha aliança com eles, quando eu perdoe os seus pecados». Quanto ao Evangelho, eles são inimigos por vossa causa; mas quanto à Eleição, eles são amados, por causa dos seus pais. Porque os dons e a chamada de Deus são irrevocáveis.»
Com efeito, já dissemos que outro dos sinais que precede a Segunda Vinda de Nossa Senhor Jesus Cristo é a conversão do povo de Israel. Assim São João Damasceno, Doutor da Igreja (Pp. Leão XIII, 1883), na sua Expositio Fidei IV, 26:
«Além disso, serão enviados Enoch e Elias o tesbita, e dirigirão os corações dos pais aos filhos (Ml 4,6). Isto quer dizer que a Sinagoga voltará a nosso Senhor Jesus Cristo e à predicação dos Apóstolos. Mas serão mortos por ele [o Anticristo]. Então o Senhor virá do céu do mesmo modo como o Apóstolos o viram subir ao céu: perfeito Deus e perfeito homem com gloria e poder. Com o Espírito da sua boca destruirá ao homem de iniquidade, o filho da perdição. Por isso que ninguém espere que o Senhor venha da terra, mas do céu, como ele mesmo assegurou.»
A vinda de Elias e Enoch vem profetizada na Sagrada Escritura no capítulo 11 do Livro do Apocalipse quando fala das “duas testemunhas”. Como Santo Tomás de Aquino recorda, a Sagrada Tradição (como acabamos de ver, por exemplo, com São João Damasceno) identificou as “duas testemunhas” com Elias e Enoch:
«Elias foi arrebatado ao céu aéreo não ao céu empíreo, que é o lugar dos bem-aventurados. O mesmo se deu com Enoch; foi arrebatado ao paraíso terrestre, onde cremos que vive junto com Elias até o advento do Anticristo.» (São Tomás de Aquino, Summa Theologie III, q. 49, a. 5, ad 2)

Também a Santíssima Virgem nas suas aparições, nas que procura incessantemente  conduzir os homens a Cristo, seu Filho, nos adverte que o tempo da vinda de Elias e Enoch está próximo. Nas sua aparição de La Salette (1846):
«A Igreja será eclipsada, o mundo estará na consternação. Mas aí estarão Enoch e Elias, cheios do Espírito de Deus. Eles pregarão com a força de Deus, e os homens de boa vontade acreditarão em Deus e muitas almas serão consoladas. Eles farão grandes progressos, pela força do Espírito Santo, e condenarão os erros diabólicos do Anticristo.»

E passados 135 anos, nas aparições de El Escorial (1981-2002), Nossa Senhora diz que Elias e Enoch estão prontos para missão que Deus lhes confiou.
«A quarta morada está preparada para a luta. Nesses momentos Elias e Enoch estarão presentes e farão grandes prodígios, para que os inimigos do Meu Filho se arrependam e voltem para Deus. […] Eu lanço-vos um apelo, Meus filhos, tomai a cruz e segui o Meu Filho, que está muito cansado; ajudai-O a encontrar alívio para a Sua Cruz. Sede constantes na oração e fazei sacrifícios. Elias e Enoch, testemunhos de Jesus, serão de grande eficácia para a conversão da Humanidade. Serão mortos, mas depois das suas mortes haverá um grande milagre, como está escrito: quem tiver olhos que veja e quem tiver ouvidos que oiça. Quem tiver sede que acorra ao Meu Filho, que Ele é a Fonte da Vida. Quem estiver sobrecarregado que acorra ao Meu Filho, que Ele o aliviará. Vinde ao Meu Filho, que Ele vos levará à morada da vida. Nessa morada está escrito: "Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue será salvo.» (25 de Setembro de 1981).





A Lua de Sangue

Aquela estrela que guiou os Reis Magos até Belém anunciou a Primeira Vinda do Filho de Deus ao mundo para redimir o homem escravizado pelo pecado e pelo senhor do pecado que é Satanás. Esta primeira vinda de Nosso Senhor foi uma vinda em condição de escravo, humilhada, como nos recorda o hino de Filipenses (cf. Fil 2,5-8), como esteve profetizada por Deus mesmo, por meio do profeta Isaías (cf. Is 42,1-9. 49,1-8. 50,4-11. 52,13-53,12).
Ora, um dos sinais que aparecerão no céu como preludio da Segunda Vinda de Nosso Senhor, uma Vinda em poder, em justiça, em majestade, como já vimos anteriormente (cf. Is 11.24-27; Ez 38-39; Za 8-14; Mc 13; Mt 24-25; Lc 21,5-26; 1Tes 2,19. 4,13-5,11. 5,23-24; 2Tes 2; 2Pe 3,1-13; Ap. 19,11-16), é o sinal da lua vermelha, biblicamente chamada “Lua de Sangue” (cf. Jl 3,4; Ap 6,12).
Já vimos como, na sua infinita genialidade, Deus omnipotente e omnisciente —porque é conhecedor do passado, presente e futuro, porque penetra as entranhas do coração do homem e conhece a sua resposta ao Seu plano divino, porque conhece a leis dos céus e determina o seu mapa na terra (cf. Jb 38,33)— associou os movimentos dos astros à própria resposta que os homens dão ao plano divino.

Assim, por tanto, o fenómeno natural que faz com que a lua adquira a cor vermelha —eis a Lua de Sangue— é o eclipse lunar total. A luz solar, ao passar pela atmosfera terrestre, é refractada no espectro do vermelho, e é esta luz vermelha que ilumina a lua quando esta passa pela sombra da terra. É o mesmo fenómeno que ocorre na aurora e no ocaso, nos quais o céu adquire tons laranjas-avermelhados.
Esquema do Eclipse Lunar (Total)
A NASA calculou todos os eclipses solares e lunares (parciais e totais) compreendidos entre os anos 1999 a.C. e 3000 d.C. e elaborou uma tabela donde figuram os dados destes 5000 anos de eclipses lunares. Eis o link: http://eclipse.gsfc.nasa.gov/LEcat5/LEcatalog.html.
Durante estes 5000 anos se darão 12064 eclipses lunares parciais, penumbrais e totais, indistintamente. Destes, 3479 são eclipses totais (28.8%). Durante os cinco milénios acorrerão 142 Tetras Lunares. O Tetra lunar consiste em quatro eclipses totais da lua seguidos, é dizer, sem serem intervalados por eclipses lunares parciais. Dos 142 Tetras, 62 ocorrerão entre o ano 1 d.C. e o ano 2100 d.C. Destes 62 Tetras, 8 ocorrem em Festas Bíblicas do povo judeu: a Festa da Páscoa e a Festa dos Tabernáculos: são chamados, por esta razão, Tetras Bíblicos. A Festa da Páscoa (Pasja) celebra a libertação do Povo de Israel da escravidão de Egipto (cf. Ex 12-15), que Deus obrou de modo sobrenatural, “com mão forte e braço estendido” (cf. Sal 136,12); desde as pragas que Deus lançou sobre Egipto (cf. Ex 7,8-11,10), passando pelo Anjo Exterminador que matou a todos os primogénitos, até ao Mar Vermelho aberto em dois para permitir o aceso do Povo Escolhido até à Terra Prometida, tendo ficado sepultados nas aguas o Faraó com todo o seu exército (cf. Ex 14,15-31; Sal 136,15). A Festa dos Tabernáculos (Sukot) ou das Tendas, está ligada à memoria que Israel faz dos duros dias do Êxodo e da peregrinação no deserto do Sinai. Recordam ao povo que um dia foram pobres, para que na abundância não se esqueçam de Deus, fonte de toda prosperidade, e negligenciem os seus preceitos. De aqui que a Festa dos Tabernáculos tem também que ver com a providencia de Yahvé pelo seu povo, com a bênção da terra.

Temos assim as Luas de Sangue profetizadas pelos profetas do Antigo Testamento, anunciadas pelo mesmo Jesus Cristo, e voltadas a recordar no livro do Apocalipse como preludio da Vinda Gloriosa do Nosso Deus e Senhor, a marcarem a sua presença nas moadéi Adonai (“Festas do Senhor”), recordando que a Divina Promessa, de Jesus Cristo, o Filho do Altíssimo, está a ponto de cumprir-se: «Sim, venho muito em breve!» (Ap 22,20).

O oitavo Tetra Bíblico decorre entre os anos 2014 e 2015, e até aos anos 2582-83, isto é, até de aqui a 567 anos, não haverá outro Tetra Bíblico. Este oitavo Tetra Bíblico (cf. Gráfico 8A), cujo 4º e último eclipse lunar total deste Tetra se dará no dia 28 de Setembro de 2015, apresenta uma configuração de todo peculiar, respeito dos outros sete Tetras Bíblicos: uma simetria perfeita, inigualável. É o signo perfeito de Deus, o sinal de que a hora chegou!! Isto não significa que Jesus Cristo volte para instaurar o seu Reino (cf. Ap 20,1-6) durante o tempo do Tetra, ou no último eclipse do Tetra. Não! Mas, sem dúvida, sim indica aquilo que Jesus diz: «Quando começarem a acontecer estas coisas, erguei-vos e levantai a cabeça, pois está próxima a vossa libertação.» (Lc 21,28).
Não deixa de ser iluminador verificar como o Gráfico 6 e o Gráfico 7, correspondentes respectivamente ao 6º e 7º Tetra Bíblico, representam acontecimentos de grande importância para o povo de Israel, que nunca deixou de ser herdeiro da Divina Promessa como mostramos ao falar de Rom 11. Durante o 6º Tetra, Israel é declarada nação pela primeira vez em 2000 anos. Durante o 7º Tetra, Jerusalém volta a ser a capital de Israel e o Monte do Templo volta a ser possuído por Israel ao fim de 2000 anos.

Aqui os gráficos dos 8 Tetras Bíblicos desde o Nascimento Cristo.

















[1] São Pedro Crisólogo, Sermões 117 1-2: CCL 24A, 709 (PL 52, 520)
[2] Joseph Ratzinger, Jesus de Nazaret. Desde la entrada en Jerusalén hasta la Resurrección. Encuentro, 20113, p. 97.
[3] São Pedro Crisólogo, Sermões 117 1-2: CCL 24A, 709 (PL 52, 520)
[4] Nota da Bíblia de Jerusalém a Mt 24,33.
[5] Michael Schmaus, Dogmática. VII Escatologia. Rialp, Madrid 1962, p. 168.
[6] El 19 de septiembre de 1851, Mons. Filiberto de Bruillard, Obispo de Grenoble, publica finalmente su "carta pastoral". He aquí el párrafo esencial:
«Juzgamos que la aparición de la Santísima Virgen a dos pastores, el 19 de septiembre de 1846, en una montaña de la cadena de los Alpes, situada en la parroquia de La Salette, del arciprestazgo de Corps, contiene en sí todas las características de la verdad, y que los fieles tienen fundamento para creerla indudable y cierta
[7] Los más de 376 mensajes de la Santísima Virgen siguen en estudio por parte de la comisión de teólogos nombrada por parte del Arzobispo de la diócesis madrileña, el entonces D. Antonio María Rouco Varela. No obstante, desde el año 2012 está permitido, por parte de la misma autoridad eclesiástica, el Culto Eucarístico permanente y autorizada la construcción de la capilla que la Virgen María pidió en Su primera aparición (14 de junio de 1981), con el fin de que se viniera de todo el mundo a meditar en la Pasión de Su Hijo, que está muy olvidada.
[8] Nota del Obispo de Kilmore, Leo O’Reilly:
«To Whom It May Concern: I hereby grant an Imprimatur for the books of Anne, a lay apostle, listed below which received the Nihil Obstat of Censor Deputatus Very Rev. John Canon Murphy, PP, VF, Bailieborough. [en la nota viene discriminada la lista de los libros] Given at Cullies, Cavan on 12th November 2013. Leo O’Reilly, Bishop of Kilmore.»
[9] Sabemos que na Sagrada Escritura o nome vai associado à missão que vem por Deus confiada. Assim Kefas, o nome que Jesus dá a Simão, significa “pedra”: Eva significa “mãe dos viventes”; Abraão, “pai de muitas nações”; Jesus, “Salvador”; Daniel, “justiça de Deus”; Gabriel, “mensageiro de Deus”, etc... Também as estrelas tem a sua missão.
[10] De facto, é Deus mesmo que organiza o calendário do seu povo: cf. Ex 12,2; Lv 23,1-5.
[11] Outras acepções bastante relacionadas com esta ideia central aparecem no Diccionario de Hebreo Bíblico[11]: “lugar acordado de reunião” (cf. Jos 8,14), “tempo fixado” (cf. Ex 9,5), “prazo” (cf. Dn 12,7), “acordo” (cf. Jz 20,38), “assembleia” (Is 14,13).
[12] Adversus Haereses IV, 20, 7