miércoles, 28 de julio de 2021

Pp. Pío XII - Fátima, alteração da Fé, suicidio da Igreja


Card. Eugenio Pacelli, 1933

(Pp. Pío XII)

 

 

 


 

 

Fátima, alteração da Fé e suicídio da Igreja.

 

 

«Querido amigo, considera que o Comunismo é o mais visível de todos os meios de subversão contra a Igreja e a Tradição da Divina Revelação. Testemunharemos, consequentemente, a invasão de tudo aquilo que é espiritual: filosofia, ciência, direito, educação, artes, meios de comunicação, literatura, teatro e religião. 

Estou preocupado com as confidências da Virgem à pequena Lúcia de Fátima. Esta persistência da Boa Senhora face aos perigos que ameaçam a Igreja é um aviso divino contra o suicídio que a alteração da Fé, na sua liturgia, na sua teologia e na sua alma vai representar. 

Escuto à minha volta inovadores que desejam desmantelar a Capela Sagrada, destruir a chama universal da Igreja, rejeitar os seus ornamentos, e fazê-la arrepender do seu passado. Meu querido amigo, estou convencido que a Igreja de Pedro deve afirmar o seu passado, ou então cavará a própria tumba.

Lutarei esta batalha com todas as minhas forças no seio da Igreja, bem como fora dela, ainda que as forças do mal possam um dia tirar partido da minha pessoa, das minhas acções, ou dos meus escritos, tal como hoje elas tentam deformar a historia da Igreja. Todas as heresias humanas que alteram a palavra de Deus são [por Deus] permitidas para que uma maior luz apareça».

 

 

 

Estas são as palavras confidenciadas, em 1933, pelo Card. Eugenio Pacelli, futuro Pp. Pío XII, então Secretario de Estado do Pp. Pío XI, ao seu amigo Conde Enrico Pietro Galeazzi. Cf. G. Roche – Ph. Saint GermainPie XII devant l’Histoire, Lafont, Paris 1972.