Nossa
Senhora desvela os símbolos
do
livro do Apocalipse 13,11-18:
“A
Besta semelhante a um cordeiro”
Mensagens
de Nossa Senhora aos Sacerdotes,
Seus
filhos predilectos, através do Pe. Stefano Gobbi
(1973-1997)
Imprimatur
do Cardeal Bernardino Echeverría Ruiz, Arcebispo de Guayaquil.
Imprimatur
do Arcebispo Metropolitano de Pescara – Penne, D.
Francesco Cuccarese.
Imprimatur
do Cardeal Ignace Moussa Daoud, Patriarca emérito de Antioquia
dos Sírios, e Perfeito
da Congregação para as Igrejas Orientais.
Dongo (Itália), 13 de
Junho de 1989,
Aniversario da 2ª
aparição em Fátima
«Filhos predilectos,
hoje recordais a minha 2ª aparição na pobre Cova de Iria, em Fátima, a 13 de
Junho de 1917.
Já vos tinha predito,
desde aquela altura, tudo o que estais a viver nestes tempos.
Anunciei-vos a grande
luta entre Mim, a Mulher revestida de sol, e o enorme Dragão vermelho[1],
que levou a humanidade a viver sem Deus.
Predisse-vos também o
astucioso e tenebroso trabalho, realizado pela maçonaria[2],
que para vos afastar da observância da Lei de Deus e vos tornar assim vítimas
dos pecados e dos vícios.
Como Mãe, quis-vos
advertir sobretudo do grande perigo que ameaça hoje a Igreja, devido aos muitos
ataques diabólicos que se fazem contra ela para a destruir.
Para atingir este
objectivo, vem da terra, para ajudar a besta negra que se levanta do mar, uma besta com dois chifres semelhantes ao de
um cordeiro (cf. Ap 13,11).
O cordeiro, na Sagrada
Escritura, sempre foi o símbolo do sacrifício. Na noite do êxodo, o cordeiro é
sacrificado e, com o seu sangue, são aspergidos os umbrais das casas dos
hebreus para os subtrair ao castigo que, pelo contrario, atinge todos os egípcios.
A Páscoa hebraica recorda este facto todos os anos com a imolação de um cordeiro,
que é sacrificado e consumido.
No Calvário, Jesus
Cristo imola-Se pela Redenção da humanidade. Ele mesmo se faz a nossa Páscoa,
tornando-Se o verdadeiro Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo.
A besta tem na cabeça dois chifres semelhantes a um cordeiro.
Ao símbolo do sacrifício
está intimamente unido o do sacerdócio, representado pelos dois chifres.
No Antigo Testamento o sumo-sacerdote
usava um turbante com um diadema em forma de dois cornos.
Na Igreja, a mitra –com
dois cornos– é usada pelos bispos, para indicar a plenitude do seu sacerdócio.
A besta negra semelhante
a uma pantera indica a maçonaria; a besta com dois chifres semelhante a um
cordeiro indica a maçonaria infiltrada no interior da Igreja, isto é, a Maçonaria eclesiástica, que se difundiu
sobretudo entre os membros da Hierarquia.
Esta infiltração
maçónica no interior da Igreja já vos tinha sido profetizada por Mim em Fátima,
quando vos anunciei que Satanás se introduziria até ao vértice da Igreja.
Se a tarefa da maçonaria
é conduzir as almas à perdição, levando-as ao culto de falsas divindades, o
objectivo da maçonaria eclesiástica é antes destruir
Cristo e a sua Igreja, construindo um novo ídolo, isto é, um falso cristo e
uma falsa igreja[3].
— Jesus Cristo é o Filho
de Deus vivo, é o Verbo Incarnado, é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem porque
une na sua Pessoa divina a natureza humana e a natureza divina.
Jesus, no Evangelho, deu
de Si mesmo a definição mais completa, dizendo ser a Verdade, o Caminho e a
Vida.
— Jesus é a Verdade porque nos revela o Pai, nos diz a sua Palavra
definitiva, levando toda a Revelação divina ao seu perfeito cumprimento.
— Jesus é a Vida porque nos dá a própria Vida divina, através da
Graça, por Ele merecida com a Redenção, e institui os Sacramentos como meios
eficazes através dos quais é comunicada a Graça.
— Jesus é o Caminho que conduz ao Pai por meio do Evangelho, que Ele
nos deu como caminho a percorrer para chegar à salvação.
Jesus é a Verdade,
porque Ele –Palavra Viva– é a Fonte e o Selo de toda a Revelação divina.
Então a maçonaria
eclesiástica age de maneira a obscurecer a sua Palavra divina por meio de
interpretações naturais e racionais e, na tentativa de a tornar mais
compreensiva e acolhida, esvazia-a de todo o seu conteúdo sobrenatural.
É assim que se difundem
os erros em toda a parte da própria Igreja Católica. É devido à difusão destes
erros que muitos se afastam hoje em dia da verdadeira fé. Ora, a perda da fé é
a apostasía.
A maçonaria eclesiástica
age de modo astucioso a diabólico para conduzir todos à apostasía.
Jesus é a Vida porque dá
a Graça.
É objectivo da maçonaria
eclesiástica justificar o pecado, apresentá-lo já não como um mal, mas como um
valor e um bem. Assim aconselha-se a cometê-lo como um modo de satisfazer as
exigências da própria natureza, destruindo a raiz da qual pode nascer o
arrependimento, dizendo-se que já não é necessário confessá-lo.
Fruto pernicioso deste
maldito cancro, que se difundiu por toda a Igreja, é o desaparecimento da confissão
individual em toda a parte.
As almas são levadas a
viver no pecado, recusando o dom da Vida que Jesus nos ofereceu. Jesus é o
Caminho que conduz ao Pai, por meio do Evangelho.
A maçonaria eclesiástica
favorece as exegeses que dão interpretações racionalistas e naturais do
Evangelho, por meio da aplicação dos vários géneros literários, despedaçando-o
assim em todas as suas partes.
No fim chega-se até ao
ponto de negar a realidade histórica dos milagres e da sua Ressurreição e
põe-se em dúvida a própria divindade de Jesus e a sua missão salvadora.
— Depois de ter
destruído o Cristo histórico, a besta com
dois chifres semelhantes a um cordeiro procura destruir o Cristo místico
que é a Igreja.
A Igreja instituída por
Cristo é uma só: a Igreja Santa, Católica, Apostólica, Una, fundada sobre
Pedro.
Tal como Jesus, também a
Igreja fundada por Ele, que forma o seu Corpo Místico, é verdade, vida e
caminho.
— A Igreja é verdade, porque foi somente a Ela que Jesus confiou a
missão de guardar, na sua integridade, todo o depósito da fé. Confiou-o à
Igreja hierárquica, isto é ao Papa e aos bispos unidos a Ele.
A maçonaria eclesiástica
procura destruir esta realidade com o falso
ecumenismo, levando à aceitação de todas as Igrejas cristãs, afirmando que
cada uma delas possui uma parte da verdade. Cultiva o projecto de fundar uma
igreja ecuménica universal, formada pela fusão de todas as confissões cristãs,
entre as quais a Igreja Católica.
— A Igreja é vida porque dá a Graça e só ela possui os meios eficazes
da Graça, que são os sete Sacramentos.
É vida, especialmente
porque foi só a Ela que foi dado o poder de gerar a Eucaristia, por meio do sacerdócio ministerial e hierárquico. Jesus Cristo está
realmente presente na Eucaristia com o seu Corpo glorioso e com a sua
divindade.
Então a maçonaria
eclesiástica procura atacar, através de muitas maneiras astuciosas, a piedade
eclesial para com o Sacramento da Eucaristia. Desta só valoriza o aspecto da
Ceia, tende a minimizar o seu aspecto sacrificial e procura negar a presença
real e pessoal de Jesus nas Hóstias consagradas.
É por isso que se foram
suprimindo gradualmente todos os sinais exteriores indicativos da fé na
presença real de Jesus na Eucaristia, como as genuflexões, as horas de adoração
pública, o santo costume de rodear o santo Sacrário de luzes e flores.
— A Igreja é caminho porque conduz ao Pai, por meio do Filho, no
Espírito Santo, pelo caminho da perfeita unidade.
Assim como o Pai e o
Filho são um só, assim também vós deveis ser uma só coisa entre vós.
Jesus quis que a sua
Igreja fosse sinal e instrumento da unidade de todo o género humano. A Igreja
consegue permanecer unida, porque foi fundada sobre a pedra angular da sua unidade,
isto é, sobre Pedro e o Papa que sucede ao carisma de Pedro.
Então a maçonaria
eclesiástica procura destruir o fundamento da unidade da Igreja, através do
ataque astucioso e insidioso ao Papa. Ela tece as tramas da dissensão e da
contestação ao Papa; sustenta e premeia aqueles que o vilipendiam e lhe
desobedecem; difunde as críticas e as oposições a ele por parte de Bispos e
teólogos.
Deste modo é destruído o
próprio fundamento da sua unidade e assim a Igreja é cada vez mais despedaçada
e dividida.
— Filhos predilectos,
convidei-vos a consagrar-vos ao meu Coração Imaculado e a entrar neste meu
refúgio materno, sobretudo para serdes preservados e defendidos desta terrível
insídia.
Por isso vos solicitei,
no acto de consagração do meu Movimento, que renunciásseis a qualquer aspiração
a fazer carreira. Assim, podereis subtrair-vos à mais forte e perigosa insídia
usada pela maçonaria para associar à sua ceita secreta muitos dos meus filhos
predilectos.
Levo-vos a um grande
amor a Jesus Verdade, tornando-vos corajosas testemunhas da fé; a Jesus Vida,
levando-vos a uma grande santidade; a Jesus Caminho, pedindo-vos que sejais na
vida só Evangelho vivido e anunciado à letra.
Depois, conduzo-vos ao
maior amor à Igreja.
— Faço-vos amar a Igreja-verdade, tornando-vos fortes anunciadores de
todas as verdades da fé católica, ao mesmo tempo que vos opondes, com força e
coragem, a todos os erros.
— Torno-vos ministros da Igreja-vida, ajudando-vos a ser sacerdotes
fiéis e santos. Pondo-vos à disposição das necessidades das almas, prestai-vos,
com generosa abnegação, para o ministério da Reconciliação e sede chamas
ardentes de amor e de zelo para com Jesus presente na Eucaristia.
Volte-se a fazer com
frequência, nas vossas igrejas, as horas de adoração pública e de reparação ao
Santíssimo Sacramento do altar.
— Torno-vos em testemunhas da Igreja-caminho e torno-vos instrumentos
preciosos da sua unidade. Foi por isso que vos dei como segundo compromisso do
meu Movimento uma particular unidade ao Papa.
Por meio do vosso amor e
da vossa fidelidade, voltará a resplandecer em todo o seu esplendor o desígnio
divino da perfeita unidade da Igreja.
Assim, à tenebrosa força
que a maçonaria eclesiástica exerce hoje para destruir Cristo e a sua Igreja,
Eu oponho o forte esplendor do meu exército sacerdotal e fiel, para que Cristo
seja amado, escutado e seguido por todos e a sua Igreja seja cada vez mais
amada, defendida e santificada.
É sobretudo nisto que
resplandece a vitória da Mulher revestida de sol e o meu Coração Imaculado alcança
o seu mais luminoso triunfo».
A Autoridade Eclesiástica
respeito das mensagens de Nossa Senhora ao P. Stefano Gobbi
Ver
a primeira publicação sobre as Mensagens de Nossa Senhora ao P. Gobbi, aqui nos
“Apelos de Nossa Senhora”.
[1]
Cf. A mensagem de Nossa Senhora ao P. Stefano Gobbi (14.Maio.1989) donde fala
do Dragão Vermelho (cf. Ap 12), que é o símbolo do comunismo ateu.
http://apelosdenossasenhora.blogspot.it/search/label/Apocalipse%2012%3A%20%22O%20grande%20Dragão%20vermelho%22
[2]
Cf. A mensagem de Nossa Senhora ao P. Stefano Gobbi (3.Junho.1989) donde fala
da besta negra semelhante a uma pantera (Ap 13,1-10), que é o símbolo da maçonaria.
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