domingo, 17 de abril de 2016

Nossa Senhora de Garabandal, Espanha (1961-1965) - "A copa está a transbordar"


Nossa Senhora de Garabandal
Espanha, 1961-1965


A Autoridade Eclesiástica respeito
das Aparições de Garabandal
(cf. fim deste artigo)






Nossa Senhora, na advocação de Nossa Senhora do Carmo, apareceu a quatro meninas (Conchita, Mari Cruz, Loli y Jacinta) que viviam na aldeia de San Sebastián de Garabandal, em Santander, Espanha, de 11 e 12 anos de idade em 1961. A sua instrução era elementar, tanto pelas pobres condições como pelo distante lugar, ainda que todas sabiam ler e escrever.
As quatro meninas viveram ao mesmo tempo a primeira aparição do Arcanjo S. Miguel, mas não todas terminaram aquelas experiencias místicas ao mesmo tempo. Mari Cruz finaliza em Setembro de 1962. Loli e Jacinta em Janeiro de 1963. Conchita é a última, em Novembro de 1965.
Ainda que, ao longo de aqueles anos, se contem mais de duas mil aparições a estas quatro meninas, só duas foram formalmente transmitidas como procedentes de Nossa Senhora, por meio de S. Miguel Arcanjo: a de 18 de Outubro de 1961 e a de 18 de Junho de 1965.



Mari Loli, Conchita, Jacinta e Mari Cruz em êxtase durante uma das aparições de Nossa Senhora.


As duas mensagens de Nossa Senhora,
transmitidas por meio de S. Miguel Arcanjo.


Mensagem de 18 de Outubro de 1961

«É preciso fazer muitos sacrifícios, muita penitência. Temos que visitar o Santíssimo com frequência. Mas antes temos que ser muito bons. Se não o fazemos virá um castigo. O cálice está a encher-se e, se não mudamos, virá um castigo muito grande».


Mensagem de 18 de Junho de 1965

«Como não se cumpriu e não se deu muito a conhecer a minha mensagem de 18 de Outubro, dir-vos-ei que esta é a última. Antes o cálice estava a encher-se, agora está a transbordar. Muitos sacerdotes vão pelo caminho da perdição e levam muitas mais almas com eles. Cada vez se dá menos importância à Eucaristia. Com os nossos esforces devemos evitar a ira de Deus sobre nós. Se Lhe pedis perdão com as vossas almas sinceras Ele perdoar-nos-á. Eu, vossa Mãe, por intercessão do Anjo São Miguel, quero dizer-vos que vos emendeis. Já estais nos últimos avisos. Amo-vos muito e não quero a vossa condenação. Pedi-nos com sinceridade e Nós dar-vos-emos. Deveis sacrificar-vos mais. Pensai na Paixão de Jesus.»




Documental sobre as Aparições de Nossa Senhora de Garabandal









A Autoridade Eclesiástica a respeito
das Aparições de Nossa Senhora de Garabandal

Num comunicado oficial do Bispo de Santander, D. José Vilaplana, no dia 7 de Novembro de 2001, vem afirmada a posição de que “não consta a sobrenaturalidade das referidas aparições”.
Para entender o significado do termo técnico “não consta a sobrenaturalidade”, acudimos a um documento do bispado de Haarlem, Amsterdam, de 25 de Outubro de 2002:
«Agora, com este texto, a Comissão de acompanhamento oferece um subsidio para a correcta interpretação do parecer da Igreja, baseando-se nos documentos disponíveis no arquivo da diocese de Haarlem. Em conformidade com os princípios e directivas eclesiásticas, corresponde, em primeiro lugar, ao bispo da diocese pronunciar um juízo respeito da autenticidade das revelações privadas na sua diocese. A Congregação da Doutrina da Fé pode confirmá-lo num segundo momento, ainda quando isto não seja necessário. Por regra geral, para juízo dos factos, o bispo diocesano tem à sua disposição as três seguintes fórmulas jurídicas:
      • Constat de supernaturalitate”, no caso de que esteja comprovado o carácter sobrenatural,
      • Non constat de supernaturalitate”, quando não resulte comprovado dito carácter sobrenatural, em quanto que,
      • Constat de non supernaturalitate” significa ter-se comprovado a ausência de uma origem sobrenatural.

Alem disto, [o Bispo] pode pronunciar-se com declarações de tipo disciplinar. No decurso dos anos, em determinados assuntos, geralmente costuma dar-se mais de um juízo».

Assim, a fórmula “non constat de supernaturalitate”, aplicada às Aparições de Nossa Senhora em Garabandal, não significa que estas não tem origem sobrenatural; significa que, até ao momento, a autoridade eclesiástica não tem dados suficientes para emitir um juízo definitivo. Quando o facto é não sobrenatural (o que poderíamos chamar uma “falsa aparição”) então a fórmula usada é que “consta a não sobrenaturalidade”. Se o sucedido tem origem sobrenatural, é dizer uma “aparição verdadeira”, então a fórmula usada pela autoridade eclesiástica é aquela que diz “consta a sobrenaturalidade”.





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