Nossa
Senhora de Garabandal
Espanha, 1961-1965
A Autoridade Eclesiástica respeito
das Aparições de Garabandal
(cf. fim deste artigo)
Nossa Senhora,
na advocação de Nossa Senhora do Carmo, apareceu a quatro meninas (Conchita, Mari Cruz, Loli y Jacinta)
que viviam na aldeia de San Sebastián de Garabandal, em Santander, Espanha, de
11 e 12 anos de idade em 1961. A sua instrução era elementar, tanto pelas
pobres condições como pelo distante lugar, ainda que todas sabiam ler e
escrever.
As quatro
meninas viveram ao mesmo tempo a primeira aparição do Arcanjo S. Miguel, mas
não todas terminaram aquelas experiencias místicas ao mesmo tempo. Mari Cruz
finaliza em Setembro de 1962. Loli e Jacinta em Janeiro de 1963. Conchita é a
última, em Novembro de 1965.
Ainda que, ao
longo de aqueles anos, se contem mais de duas mil aparições a estas quatro
meninas, só duas foram formalmente transmitidas como procedentes de Nossa
Senhora, por meio de S. Miguel Arcanjo: a de 18 de Outubro de 1961 e a de 18 de
Junho de 1965.
Mari Loli, Conchita, Jacinta e Mari Cruz em êxtase durante uma das aparições de Nossa Senhora. |
As duas mensagens de Nossa Senhora,
transmitidas por meio de S. Miguel Arcanjo.
Mensagem de 18 de Outubro de 1961
«É preciso fazer muitos
sacrifícios, muita penitência. Temos que visitar o Santíssimo com frequência.
Mas antes temos que ser muito bons. Se não o fazemos virá um castigo. O cálice
está a encher-se e, se não mudamos, virá um castigo muito grande».
Mensagem de 18 de Junho de 1965
«Como não se cumpriu e não se
deu muito a conhecer a minha mensagem de 18 de Outubro, dir-vos-ei que esta é a
última. Antes o cálice estava a encher-se, agora está a transbordar. Muitos
sacerdotes vão pelo caminho da perdição e levam muitas mais almas com eles.
Cada vez se dá menos importância à Eucaristia. Com os nossos esforces devemos
evitar a ira de Deus sobre nós. Se Lhe pedis perdão com as vossas almas
sinceras Ele perdoar-nos-á. Eu, vossa Mãe, por intercessão do Anjo São Miguel,
quero dizer-vos que vos emendeis. Já estais nos últimos avisos. Amo-vos muito e
não quero a vossa condenação. Pedi-nos com sinceridade e Nós dar-vos-emos.
Deveis sacrificar-vos mais. Pensai na Paixão de Jesus.»
Documental sobre as Aparições de Nossa Senhora de Garabandal
A Autoridade Eclesiástica a respeito
das Aparições de Nossa Senhora de Garabandal
Num comunicado oficial do
Bispo de Santander, D. José Vilaplana, no dia 7 de Novembro de 2001, vem afirmada
a posição de que “não consta a sobrenaturalidade das referidas aparições”.
Para entender o significado do
termo técnico “não consta a sobrenaturalidade”, acudimos a um documento do
bispado de Haarlem, Amsterdam, de 25 de Outubro de 2002:
«Agora, com este texto, a
Comissão de acompanhamento oferece um subsidio para a correcta interpretação do
parecer da Igreja, baseando-se nos documentos disponíveis no arquivo da diocese
de Haarlem. Em conformidade com os princípios e directivas eclesiásticas,
corresponde, em primeiro lugar, ao bispo da diocese pronunciar um juízo
respeito da autenticidade das revelações privadas na sua diocese. A Congregação
da Doutrina da Fé pode confirmá-lo num segundo momento, ainda quando isto não
seja necessário. Por regra geral, para juízo dos factos, o bispo diocesano tem
à sua disposição as três seguintes fórmulas jurídicas:
- “Constat de supernaturalitate”, no caso de que esteja comprovado o carácter sobrenatural,
- “Non constat de supernaturalitate”, quando não resulte comprovado dito carácter sobrenatural, em quanto que,
- “Constat de non supernaturalitate” significa ter-se comprovado a ausência de uma origem sobrenatural.
Alem disto, [o Bispo] pode pronunciar-se
com declarações de tipo disciplinar. No decurso dos anos, em determinados
assuntos, geralmente costuma dar-se mais de um juízo».
Assim, a fórmula “non constat de supernaturalitate”,
aplicada às Aparições de Nossa Senhora em Garabandal, não significa que estas
não tem origem sobrenatural; significa que, até ao momento, a autoridade
eclesiástica não tem dados suficientes para emitir um juízo definitivo. Quando
o facto é não sobrenatural (o que poderíamos chamar uma “falsa aparição”) então
a fórmula usada é que “consta a não sobrenaturalidade”. Se o sucedido tem
origem sobrenatural, é dizer uma “aparição verdadeira”, então a fórmula usada
pela autoridade eclesiástica é aquela que diz “consta a sobrenaturalidade”.
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