Mensagens
de Nossa Senhora
aos Sacerdotes,
Seus filhos predilectos,
através
do Pe. Stefano Gobbi
(1973-1997)
Imprimatur do Cardeal Bernardino
Echeverría Ruiz, Arcebispo de Guayaquil.
Imprimatur do Arcebispo Metropolitano
de Pescara – Penne, D. Francesco Cuccarese.
Imprimatur do Cardeal Ignace Moussa
Daoud, Patriarca emérito de Antioquia
dos Sírios, e Perfeito da
Congregação para as Igrejas Orientais.
O reino glorioso de Cristo
Sydney, Austrália, 21 de Novembro de 1993
«Filhos predilectos, hoje
celebrais a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, com um
grande Cenáculo no qual participam sacerdotes e fieis do meu Movimento vindos
também de outras cidades desta grande nação.
A vossa Mãe Celeste quer
encerrar-vos todos no refúgio seguro do seu Coração Imaculado a fim de vos
proteger no tempo da grande prova (1)
e vos preparar para receber Jesus, que está prestes a voltar para instaurar o
seu Reino glorioso entre vós.
O Reino glorioso de Cristo
estabelecer-se-á, antes de mais, nos corações e nas almas (2). Esta é a parte mais preciosa da realeza divina de Jesus.
De facto, foi para isso que o
Verbo Se fez Homem e veio habitar no meio de nós. Foi para isso que o Filho Se
fez obediente ao Pai até à morte e morte de cruz.
Com a Redenção realizada por
Jesus no Calvário, fostes subtraídos ao domínio de Satanás, libertados do
pecado, que é o jugo da sua escravidão e tornastes-vos filhos de Deus, porque
Jesus vos comunicou o seu amor e a sua própria Vida.
Por isso os corações renovados
pelo Amor e as almas santificadas pela Graça são a parte mais preciosa da
realeza divina de Jesus.
O Reino glorioso de Cristo corresponderá
a um geral florescimento de santidade e de pureza, de amor e de justiça, de
alegria e de paz: os corações dos homens serão transformados pela força
poderosa do Espírito Santo, que Se derramará sobre eles com o prodígio do seu
segundo Pentecostes (3); e as almas
serão iluminadas pela presença da Santíssima Trindade que produzirá nelas um
extraordinário desenvolvimento de todas as virtudes.
O Reino glorioso de Cristo reflectir-se-á
também numa nova forma de vida para todos porque sereis levados a viver só para
a glória do Senhor. E o Senhor será glorificado quando a sua vontade divina for
cumprida perfeitamente por cada um de vós.
Portanto, o Reino glorioso de
Cristo coincidirá com o perfeito cumprimento da vontade de Deus por parte de
cada uma das suas criaturas (4),
para que ela se cumpra também nesta terra, tal como se cumpre no Céu. Mas isto
não é possível se antes não for derrotado Satanás, o sedutor, o espírito da
mentira que sempre interveio na historia dos homens para os conduzir à rebelião
contra o Senhor e à desobediência da sua Lei.
O Reino glorioso de Cristo
estabelecer-se-á depois da derrota de Satanás e de todos os espíritos do mal e
com a destruição do seu poder diabólico. Assim, ele será preso e precipitado no
Inferno e será fechada a porta do abismo, para que não possa mais sair e fazer
mal ao mundo. (5)
No mundo reinará Cristo.
O Reino glorioso de Cristo coincidirá com
o triunfo do Reino eucarístico de Jesus porque Jesus manifestar-Se-á num mundo
purificado e santificado, completamente renovado pelo Amor, sobretudo no
mistério da sua Presença Eucarística.
A Eucaristia derramará todo o seu
poder divino e tornar-se-á o novo sol, que reflectirá os seus raios luminosos
nos corações e nas almas e depois na vida dos indivíduos, das famílias e dos
povos, fazendo de todos um só rebanho, dócil e manso, do qual Jesus há-de ser o
único Pastor.
É para estes novos céus e esta
nova terra que vos conduz a vossa Mãe Celeste, que hoje vos reúne de toda a parte
do mundo para vos preparar para receber o Senhor que vem (6)».
Notas importantes:
(1) Sobre a “grande prova”.
A “grande prova”, aqui mencionada
por Nossa Senhora, também chamada a “Grande Tribulação” vem claramente avisada
por Nosso Senhor nos Santos Evangelhos.
Mt 24,15-25: «Quando, pois,
virdes que a abominação da desolação [refere-se ao Anticristo] —anunciada pelo
profeta Daniel— erigida no Lugar Santo (quem lê, entenda), então, os que
estiverem na Judéia, fujam para os montes; e quem estiver sobre o telhado não
desça a tirar alguma as coisas da sua casa; e quem estiver no campo não volte
atrás a buscar as suas vestes.
Ai das grávidas e das que
amamentarem naqueles dias! E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno
nem no sábado. Porque haverá então uma grande tribulação, como nunca houve
desde o princípio do mundo até agora, nem voltará a haver. E, se aqueles dias
não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos eleitos
serão abreviados aqueles dias. Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo
está aqui, ou ali, não lhe deis crédito. Porque surgirão falsos cristos e
falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora,
enganariam até os escolhidos.
Eis que eu vo-lo tenho predito».
São Paulo acrescenta mais
detalhes sobre o teor desta “Grande Tribulação”, centrando-se na “grande
apostasia” e na personagem do “homem ímpio” ou Anticristo.
2Tes 2,1-12: «Pelo que diz
respeito à Vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com Ele, vos
rogamos, irmãos, que não permitais que o vosso ânimo se altere por qualquer
coisa, nem, vos alarmeis por certas manifestações do Espírito, por algumas
palavras o por alguma carta apresentada como nossa, que vos faça supor que o
dia do Senhor é eminente.
Ninguém de maneira alguma vos
engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o
Homem ímpio, o Filho da perdição, o Adversário que se levanta contra tudo o que
se chama Deus, ou se adora, até ao extremo de sentar-se ele mesmo no Santuário
de Deus e proclamar-se a si mesmo Deus.
Não vos lembrais de que estas
coisas vos dizia quando ainda estava convosco? Vós sabeis o que o retém agora,
para que seja manifestado no momento oportuno. Porque o mistério da injustiça
já opera. Basta só com que seja retirado do meio aquele que agora o retém, e
então será revelado o Iníquo, a quem o Senhor desfará com o sopro da sua boca,
e aniquilará com a manifestação da sua Vinda.
A vinda do ímpio é segundo a
eficácia de Satanás, com todo a classe de milagres, sinais, prodígios falsos e
com todo o tipo de maldade, que seduzirão aos que se hão de condenar por não
ter aceite o amor à Verdade que lhes teria salvado. Por isso Deus lhes enviará
um poder seductor para que creiam a mentira, para que sejam condenados todos os
que não creram na verdade, antes preferiram a iniquidade.
Sobre a Grande Apostasia no
mundo:
-
Nossa Senhora ao
P. Gobbi a explicar-nos o capítulo 12 do livro do Apocalipse — “O grande Dragão
vermelho” (14.Maio.1989):
-
Nossa Senhora ao
P. Gobbi a explicar-nos o capítulo 13,1-10 do livro do Apocalipse — “A Besta
semelhante a uma pantera” (3.Junho.1989):
Sobre a Grande Apostasia na Igreja:
-
Revelações de
Nosso Senhor à Beata Ana Catarina Emmerich (em torno a 1800):
-
Verável Fulton
J. Sheen, Arcebispo de New York (1948):
-
Nossa Senhora ao
P. Gobbi a explicar-nos o capítulo 13,11-18 do livro do Apocalipse — “A Besta
semelhante a cordeiro” (13.Junho.1989):
-
Nossa Senhora ao
P. Gobbi (13.Março.1990):
-
Pp. Paulo V
(1963-1978):
Sobre o Anticristo (apogeu e clímax da Grande Apostasia):
-
Nossa Senhora
em La Salette (1846):
-
Pp. São Pio X,
Encíclica E supremis (1903):
-
Nosso Senhor à
Anne (2004), com o comentário teológico:
(2) «O Reino
glorioso de Cristo
estabelecer-se-á, antes de mais, nos corações e nas almas».
Ensina São Bernardo de Claraval: «Conhecemos
uma tríplice vinda do Senhor. Entre a primeira e a última, há uma vinda
intermédia. Aquelas duas são visíveis; mas esta, não. Na primeira, o Senhor
apareceu na terra e conviveu com os homens; como Ele mesmo afirma, viram-n’O e
não O quiseram receber. Na última, todo o homem verá a salvação do nosso Deus e
contemplarão Aquele que trespassaram. A intermédia é oculta e só os eleitos a
vêem em si mesmos, e por ela se salvam as suas almas. Na primeira, o Senhor
veio revestido da nossa fraqueza humana; na intermédia, vem espiritualmente,
manifestando o poder da sua graça; na última, virá com todo o esplendor da sua
glória.
A
vinda intermédia é, portanto, como que uma estrada que nos leva da primeira à
última: na primeira, Cristo foi a nossa redenção; na última, aparecerá como
nossa vida; na intermédia, é nosso descanso e consolação». (Sermo
5 in Adventu Domini, 1-3: Opera omnia,
Ed. cisterc. 4 (1966), 188-190).
(3) A propósito da expressão “segundo Pentecostes”.
Afirma o Apóstolo São Paulo que «o
amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo o Espírito Santo que nos
foi dado» (Rm 5,5). São Lucas, nos Actos dos Apóstolos, é quem narra tal
acontecimento que teve lugar cinquenta dias depois da Ressurreição de Nosso
Senhor e da sua Ascensão aos Céus: o Espírito Santo desce em forma de línguas
de fogo sobre Nossa Senhora e o Doze Apóstolos (cf. Act 2,1-21).
Ao longo da historia, o Espírito
de Deus é derramado sobre o resto dos homens até aos nossos dias por meio dos
Sacramentos (economia sacramental), instituídos por Nosso Senhor Jesus Cristo
no Espírito Santo, e confiados à Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana, por
Ele fundada. Assim, é por meio da economia sacramental que recebemos o Espírito
Santo, dador de vida, Quem nos capacita para viver no amor de Deus e na graça
de Deus.
Há que entender, no entanto, que
a actividade do Espírito Santo, nesta etapa da Historia da Salvação, não
realiza ainda tudo aquilo que Lhe convém e que foi profetizado por Deus. Por
isso afirma São Paulo que temos as «primícias (= primeiros frutos) do Espírito»
(Rm 8,23).
Que prometeu Deus à sua Igreja
respeito da actividade do seu Santo Espírito sobre Ela?
Foi-nos prometido que o Espírito
Santo haverá de renovar a face da terra; assim, David o implora a Deus (cf. Sal
104,30), e o próprio Deus no-lo promete por boca do profeta Ezequiel:
«E vos tomarei dentre os gentios, e vos congregarei de todas as terras, e
vos trarei para a vossa terra. Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis
purificados; de todas as vossas imundícies e de todos os vossos ídolos vos
purificarei. E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito
novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de
carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus
estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis.
E habitareis na terra que eu dei a vossos pais e vós sereis o meu povo, e
eu serei o vosso Deus. E livrar-vos-ei de todas as vossas imundícies; e
chamarei o trigo, e o multiplicarei, e não trarei fome sobre vós. E
multiplicarei o fruto das árvores, e a novidade do campo, para que nunca mais
recebais o opróbrio da fome entre os gentios.
Então vos lembrareis dos vossos maus caminhos, e dos vossos feitos, que não
foram bons; e tereis nojo em vós mesmos das vossas iniquidades e das vossas
abominações. Não é por amor de vós que eu faço isto, diz o Senhor Deus; notório
vos seja; envergonhai-vos, e confundi-vos por causa dos vossos caminhos, ó casa
de Israel.
Assim diz o Senhor Deus: “No dia em que eu vos purificar de todas as vossas
iniquidades, então farei com que sejam habitadas as cidades e sejam edificados
os lugares devastados. E a terra assolada será lavrada, em lugar de estar
assolada aos olhos de todos os que passavam. E dirão: Esta terra assolada ficou
como jardim do Éden: e as cidades solitárias, e assoladas, e destruídas, estão
fortalecidas e habitadas. Então saberão os gentios, que tiverem ficado ao redor
de vós, que eu, o Senhor, tenho reedificado as cidades destruídas, e plantado o
que estava devastado. Eu, o Senhor, o disse e o farei.
Assim diz o Senhor Deus: Ainda por isso serei solicitado pela casa de
Israel, que lho faça; multiplicar-lhes-ei os homens, como a um rebanho. Como o
rebanho santificado, como o rebanho de Jerusalém nas suas solenidades, assim as
cidades desertas se encherão de rebanhos de homens; e saberão que eu sou o
Senhor. Eu, Yahvé, o digo e o faço» (Ez 36,24-38).
E por meio de Jeremias:
«Mas esta é a
aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor:
Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o
seu Deus e eles serão o meu povo. E não ensinará mais cada um a seu próximo,
nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me
conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor; porque lhes
perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados». (Jr
31,33-34)
Tudo isto realizá-lo-á o Espírito
Santo neste Segundo Pentecostes, neste fim da “sexta idade”, a quando do começo
ao Reino de Nosso Senhor Jesus Cristo (a “sétima idade” da Historia da
Salvação: cf. Ap 19,11–20,6).
Para uma breve explicação das
“oito idades” da Historia da Salvação cf.
http://apelosdenossasenhora.blogspot.pt/2016/08/a-pregacao-do-evangelho-toda-criacao.html
(4) «O Reino glorioso de Cristo coincidirá com o perfeito
cumprimento da vontade de Deus por parte de cada uma das suas criaturas».
De facto São Paulo afirma que o Reino
deve estender-se a toda a criação.
«Pois até a criação se encontra em
expectativa ansiosa, aguardando a revelação dos filhos de Deus. De facto, a
criação foi submetida à caducidade —não voluntariamente, mas por disposição
daquele que a submeteu— na esperança de que também ela será libertada da
escravidão da corrupção, para participar na gloriosa liberdade dos filhos de
Deus. Sabemos como toda a criação geme e sofre as dores de parto até ao presente»
(Rm 8,19-22).
Mostrámos antes que o divino
Espírito Santo renovará a face da terra (cf. Sal 104,30) no seu Segundo
Pentecostes, transformando a terra no Éden (cf. Ez 36,35). Ilustradoras as
palavras de Deus a Isaías:
«Porque brotará um rebento do
tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará. Repousará sobre ele o
Espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de
conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor. E
deleitar-se-á no temor do Senhor. Não julgará segundo as aparências, nem
repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos, mas julgará com justiça aos
pobres, e repreenderá com equidade aos mansos da terra; e ferirá a terra com a
vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará ao ímpio,
A justiça será o cinto dos seus
lombos, e a fidelidade o cinto dos seus rins. E morará o lobo com o cordeiro, e
o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão e o animal
cevado andarão juntos, e um menino pequeno os guiará. A vaca e o urso pastarão
juntos, seus filhos se deitarão juntos, e o leão comerá palha como o boi. E
brincará a criança de peito sobre a toca da áspide, e a desmamada colocará a
sua mão na cova da víbora. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo
monte, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas
cobrem o mar». (Is 11,1-9).
A rebelião do homem contra Deus
(cf. Gn 3) rompeu a harmonia entre o homem e a natureza (cf. Gn 3,17-19), entre
o homem e o homem (cf. Gn 4). Os profetas anunciam guerras e invasões como
castigo das infidelidades de Israel. Pelo contrario, a era messiânica (o tempo
do Messias) que traz o perdão dos pecados e a reconciliação com Deus e o reino
da justiça, estabelece a paz que é a sua consequência: fertilidade do solo (cf.
Am 9,13-14; Os 2,20.23-24); desarme geral (cf. Is 2,4.9,4; Mi 4,3-4.5,9-10; Za
9,10); paz perpétua (cf. Is 9,6.32,17.60,17-18; So 3,18; Za 3,10; Jl 4,17). A
Nova Aliança é uma aliança de paz (cf. Ez 34,25.37,26). O Reino Messiânico é um
reinado de paz (cf. Za 9,8-10; Sal 72,3-7). Esta paz estende-se ao reino
animal. Símbolo da paz do Reino messiânico é a restauração da paz paradisíaca
do Edén tal como existia antes do pecado.
A terra prometida não é uma alegoria para falar dos céus ou das regiões
supracelestes; a terra prometida é esta mesma terra libertada e renovada para
que os crentes «recebam com justiça os frutos do sofrimento na criação mesma em
que trabalharam ou foram afligidos, provados de todas as maneiras pelo
sofrimento; e sejam vivificados na mesma criação em que padeceram morte a causa
do amor de Deus; e reinem na mesma criação em que serviram servidão» (Ireneo, Adv. haer. V 32,1).
Uma das funções do Reino dos justos é manifestar plenamente a justiça de Deus
na actual figura do cosmos, tal como lemos anteriormente em São Paulo (Rm 8,19-22),
e nos profetas (Ez 36,24-38; Jr 31,33-34; Is
11,1-9).
(5) «O Reino glorioso
de Cristo estabelecer-se-á depois da derrota de Satanás e de todos os
espíritos do mal e com a destruição do seu poder diabólico. Assim, ele será
preso e precipitado no Inferno e será fechada a porta do abismo, para que não
possa mais sair e fazer mal ao mundo».
O livro do Apocalipse quando fala
da Vinda de Nosso Senhora para instaurar o seu Reino messiânico, aparece antes
como destruidor da iniquidade e exterminador das nações e homens que não
acolheram o seu Divino Sangue Redentor, mas preferiram o reinado do príncipe de
este mundo, isto é, Satanás, e o seu servo, o Anticristo.
«E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava sentado sobre ele
chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e
combate com justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua
cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão
ele mesmo. E estava vestido de veste tingida em sangue; e o nome pelo qual se
chama é Verbo de Deus. E seguiam-no
os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e
puro. E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele
as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor
e da ira do Deus Todo-Poderoso. E no manto e na sua coxa tem escrito este nome:
Rei dos reis, e Senhor dos senhores.
E vi um anjo que estava no sol, e clamou com grande voz, dizendo a todas as
aves que voavam pelo meio do céu: “Vinde, e ajuntai-vos à ceia do grande Deus;
para que comais a carne dos reis, e a carne dos tribunos, e a carne dos fortes,
e a carne dos cavalos e dos que sobre eles se assentam; e a carne de todos os
homens, livres e servos, pequenos e grandes!”
E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para
fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército. E
a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais,
com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem.
Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. E os
demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre
o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes» (Ap 19,11-21).
É o fim de este tempo, o fim da
sexta idade, que é o tempo da pregação do Evangelho —inaugurado com a Paixão,
Morte e ressurreição de Nosso Senhor—:
«Proclamar-se-á esta Boa Nova do
Reino no mundo inteiro, para dar testemunho a todas as nações. E então chegará
o fim [da idade]» (Mt 24,14).
«E disse-lhes: Ide por todo o
mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for baptizado será
salvo; mas quem não crer será condenado». (Mc 16,15-16).
«Portanto ide, fazei discípulos
de todas as nações, baptizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo,
ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu
estou convosco todos os dias, até ao fim da idade. Amém». (Mt 28,19-20).
Cf. A pregação do Evangelho a
toda a criação como um sinal do “fim da idade” e que precede a Vinda do Reino
de Nosso Senhor Jesus Cristo (explicação teológica): http://apelosdenossasenhora.blogspot.pt/2016/08/a-pregacao-do-evangelho-toda-criacao.html
Começará então o Reino de Cristo
(a sétima idade):
«E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo,
e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é
o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o
encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os
mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo.
Vi também alguns tronos; e aos que neles estavam
sentados foi dado o poder de julgar. Vi ainda as almas dos que foram
decapitados pelo testemunho de Jesus e pela Palavra de Deus, os quais não
adoraram a besta, nem a sua estátua, nem trouxeram na fronte ou na mão a marca
da besta. Eles reviveram e reinaram com Cristo durante mil anos. O resto dos mortos
não voltou à vida antes de se cumprirem os mil anos. Esta é a primeira
ressurreição.
Felizes e santos os que tomam parte na primeira
ressurreição”. Sobre eles a segunda morte não tem qualquer poder; mas serão
sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com Ele durante mil anos». (Ap
20,1-6).
«Tu és
digno de receber livro e de abrir selos; porque foste morto e, com o teu
sangue, resgataste para Deus, homens de todas as tribos, línguas, povos e
nações; e fizeste deles um reino de sacerdotes para o nosso Deus; e reinarão
sobre a terra». (Ap 5,9-10)
(6) «A vossa Mãe reúne-vos de toda a parte para receber o
Senhor que vem».
Faz parte da sagrada teologia o
axioma de São Luís Maria Grignon de Montfort (s. XVIII d.C.), no seu Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima
Virgem, nº 1: «Foi pela Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao
mundo e é também por ela que deve reinar no mundo».
Em Fátima, a 13 de Julho de 1917,
é a mesma Mãe de Deus que o anuncia: «Por fim o Meu Imaculado Coração
triunfará».
Também nas aparições em Akita, em
1973, anuncia a Mãe de Deus: «Aqueles que põem a sua confiança em Mim serão
salvos».
Em El Escorial, 5 de Setembro de
1987, Nossa Senhora anuncia mais uma vez: «Por mim, minha filha, formou-se a
Igreja na Terra. E por mim, minha filha, virá o Paraíso».
E, uma vez mais, ao P. Stefano
Gobbi, a 31 de Dezembro de 1997: «Por fim o meu Imaculado Coração triunfará.
Isso acontecerá no maior triunfo de Jesus, que trará para o mundo o seu
glorioso reino de amor, de justiça e de paz e fará novas todas as coisas. Abri
os corações à esperança. Escancarai as portas a Cristo que vem a vós na glória.
Vivei a trépida hora deste segundo Advento. Tornai-vos, assim, os corajosos
anunciadores deste meu triunfo, porque vós, pequenas crianças consagradas a
Mim, que viveis do meu próprio espírito, sois os Apóstolos destes últimos
tempos. Vivei como fiéis discípulos de Jesus, no desprezo do mundo e de vós
mesmos, na pobreza, na humildade, no silêncio, na oração, na mortificação, na caridade
e na união com Deus; enquanto sois desconhecidos e desprezados pelo mundo».
A Autoridade Eclesiástica respeito das mensagens
de Nossa Senhora ao P. Stefano Gobbi
Ver a primeira publicação sobre as Mensagens de Nossa
Senhora ao P. Gobbi, aqui nos “Apelos de Nossa Senhora”.
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